30 jan, 2025 - 00:37
O selecionador de andebol, Paulo Jorge Pereira, não tem dúvidas: Portugal vai defrontar a Dinamarca nas meias-finais do Mundial e “vamos para cima deles”.
“Continuamos, agora temos a Dinamarca, tricampeã do Mundo, e podemos garantir que vamos para cima deles. Só não sabemos o que pode acontecer em termos de resultado”, referiu.
A Dinamarca é tricampeã mundial em título e campeão olímpica. Vai ser a próxima adversária dos “heróis do mar”. A partida está marcada para as 19h30 de sexta-feira.
Em declarações à Federação de Andebol após a vitória sobre a Alemanha, o técnico lembra que a seleção tem ultrapassado vários obstáculos e deixa elogios a todo o grupo.
“Não sabíamos o que iria acontecer, andámos à procura de soluções, com a questão do Miguel Martins [suspenso por doping na véspera do arranque do Mundial] e do Alexandre Cavalcanti [lesionado no último treino antes do início do Mundial], a quem dedicamos este resultado. Fomos encontrando soluções, com toda a gente disponível para ajudar. O que sinto é que esta malta tem um coração cada vez maior. Por vezes não sei onde é que eles vão buscar forças para continuar a lutar contra todas as adversidades. É comovente ver como lutam. Tem sido um orgulho fantástico”, disse.
Na partida desta quarta-feira, o pivot Luís Frade foi excluído com vermelho e isso obrigou Victor Iturriza a trabalhos forçados.
“Foi o melhor jogo que vi o Victor fazer na vida dele. O facto de o Frade já não estar, fez com que lhe déssemos o tempo quase todo em termos defensivos e ofensivos. E como o jogo da Alemanha foca-se muito no ataque à posição dele, ele cumpriu ao limite todas as indicações que lhe demos e resolveu todos os problemas. Foi muito difícil passar por ele na defesa e ainda marcou sete golos ao Wolff, que é um dos melhores guarda-redes do mundo. Foi uma coisa brutal aquilo que ele fez”.
Também Martim Costa, autor do golo decisivo, foi elogiado pelo técnico:
“Já lhe tinha dito que ele ia fazer um grande jogo. Sentia isso. E no início do jogo pensei que me teria equivocado, mas ele foi entrando no jogo e fez esta parte final que foi brutal. Além do golo da vitória, lutou contra tudo e contra todos. A tática foi o mais simples possível: era o Martim a criar situações de golo e a resolver. Com atletas destes podemos ir a qualquer sítio”, reforça.