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Ciclismo

"Os atletas estão bem mentalmente, estamos preparados": vem aí o Europeu de ciclismo de pista

11 fev, 2025 - 13:15 • Pedro Castro Alves

Selecionador nacional, Gabriel Mendes, descarta o rótulo de “favoritos”, mas assume que Portugal é visto “com muito respeito pelas outras nações”. O interesse pela pista tem aumentado em Portugal depois dos Jogos Olímpicos de Paris.

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Portugal arranca esta quarta-feira a participação no Campeonato da Europa de ciclismo de pista com um objetivo claro, mas não demasiado ambicioso: garantir “lugares de pódio”.

Gabriel Mendes, selecionador nacional, opta por não elevar demasiado as expectativas, mesmo tendo em conta que a comitiva portuguesa chega a Heusden-Zolder, na Bélgica, menos de um ano depois de conquistar uma medalha de ouro na disciplina de madison (com Iuri Leitão e Rui Oliveira) e uma de prata no omnium (de Iuri Leitão) nos Jogos Olímpicos de Paris.

Mesmo tendo em conta que Iuri Leitão chega à competição como tricampeão europeu de scratch e campeão do Mundo de omnium, Gabriel Mendes recusa o rótulo de “favorito”, já que “é na pista que temos de demonstrar que somos mais fortes do que os nossos adversários”.

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Em entrevista a Bola Branca, o selecionador nacional reconhece que “é normal que existam expectativas” quanto ao desempenho dos atletas portugueses no Campeonato da Europa, mas assegura que isso é “um não-problema”, já que estão “habituados a lidar com ambientes de stresse”.

Portugal participa no Europeu com cinco atletas, distribuídos pelas diferentes disciplinas: Iúri Leitão (scratch, corrida por pontos e quilómetro), Rui Oliveira (eliminação e madison), Ivo Oliveira (perseguição individual, omnium e madison), Daniela Campos (omnium) e Maria Martins (eliminação, scratch e corrida por pontos).

Portugal chega a este Campeonato da Europa com medalhas olímpicas, mundiais e europeias conquistadas recentemente. Há algum objetivo definido para esta competição?
Vamos procurar o melhor resultado possível para a nação. Se for possível chegar a um lugar de pódio, excelente. Não podemos adivinhar ou ter a certeza [de que vamos conseguir], mas está na nossa mente trabalharmos para um lugar de pódio, é um dos objetivos que temos para este Campeonato da Europa.

Tendo em conta o ouro olímpico no madison, a prata no omnium e titulo munidal de omnium do Iuri Leitão, é possível considerar que Portugal pode ser encarado como favorito para algumas das disciplinas?
Não gosto, nem tenho essa abordagem, de nos assumirmos como favoritos em qualquer que seja a competição. Temos um respeito muito grande pela qualidade dos nossos adversários. Nós também temos a nossa qualidade e as nossas capacidades, mas é na pista que temos de demonstrar que somos mais fortes do que os nossos adversários.

Mas, muitas vezes, os títulos criam também alguma expectativa, em quem está de fora, de que o sucesso vai continuar…
É normal que tenham expectativas, agora nós, do nosso lado, não controlamos as expectativas daquilo que as pessoas possam gerar, tendo em conta o nosso histórico de resultados. Portanto, aquilo com que temos de nos preocupar é com o trabalho que podemos fazer, aquilo que está no nosso controlo.

E não existe a possibilidade de os atletas, como o Iuri Leitão ou o Rui Oliveira, sentirem um peso maior da responsabilidade? É fácil lidar com isso?
Os atletas estão bem mentalmente, nós estamos preparados e estamos habituados a lidar com ambientes de stresse. Mantemos o nosso grau de responsabilidade sempre no máximo, isso não vai ser diferente e estamos preparados para competir. Portanto, isso é um não-problema para nós.

Visto da perspetiva dos adversários, Portugal tem conquistado sempre títulos nas últimas competições: Jogos Olímpicos, mundiais e nos últimos três europeus. Isso muda a forma como os outros países olham para os nossos atletas?
As outras nações veem-nos como adversários com bastante respeito e conhecem o nosso valor. Temos consciência de que somos uma nação que os outros países acompanham e têm em consideração, dentro daquele conjunto de nações que estão na discussão das competições. É algo que encaramos com naturalidade, e que é um bom sinal.

Depois do sucesso nos Jogos Olímpicos, tem sentido um aumento no interesse e novos praticantes?
Há um maior interesse e há uma maior procura, e isso é de registar, é extremamente positivo. Uma alteração em relação ao ciclo anterior, ao ciclo olímpico anterior, nota-se essa diferença.

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