25 fev, 2025 - 13:15 • Lusa
O presidente da Federação Internacional de Basquetebol para a Europa (FIBA-Europa) destacou esta terça-feira, em Matosinhos, que Portugal teve um “ano extraordinário” em diversas frentes.
“Este momento não é apenas sobre a qualificação para o Europeu masculino deste ano”, apontou Jorge Garbajosa, recordando que Portugal conseguiu apurar-se pela primeira vez para a fase final do Campeonato da Europeu de seniores femininos e também para a do Mundial de sub-19 feminino.
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A cereja em cima do bolo foi o apuramento da seleção de seniores masculinos para o Europeu, “algo que não acontecia desde 2011” e que foi o “culminar de um ano extraordinário para o basquetebol português”.
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“Este sucesso não aconteceu por acaso. Resulta de um plano estratégico seguido ao longo de dez anos”, referiu Jorge Garbajosa, que foi a Matosinhos assistir ao jogo Portugal-Ucrânia, do Grupo A de apuramento para o Europeu.
Questionado sobre o que mais gosta na seleção portuguesa masculina, respondeu que “pode não ter uma grande estrela, mas compensa com um espírito de grupo muito forte”.
“O que mais se destaca é a força do conjunto, que supera qualquer individualidade”, resumiu.
O dirigente saudou a seleção da Ucrânia, referindo serem conhecidas “as dificuldades que o país atravessa, tendo, apesar disso conseguido disputar seis jogos da fase de qualificação”.
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“A FIBA-Europa está totalmente disponível para apoiar o basquetebol ucraniano e a sua federação”, referiu.
Instado depois a dar a sua opinião sobre o basquetebol português, Jorge Garbajosa disse que “Portugal investiu não só nas seleções nacionais, mas também no basquetebol de rua, na renovação de infraestruturas e no apoio a clubes masculinos e femininos”.
A paciência é essencial para o sucesso, sustentou, e “a Federação portuguesa manteve-se firme no seu plano”, traçado há dez anos, e “agora está a colher os frutos”.
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“O maior desafio vem agora: transformar este sucesso em crescimento sustentado. A qualificação das seleções masculina e feminina para o Europeu é fantástica, mas agora é preciso rentabilizar este feito para aumentar o número de jogadores, captar novos talentos e consolidar o basquetebol a longo prazo”, indicou.
O presidente da FIBA-Europa afirmou ainda que a instituição investe cerca de 70% do seu orçamento no “desenvolvimento das federações” e prefere “distribuir os recursos de forma equilibrada” para assim fortalecer a modalidade a nível continental, em vez de atribuir prémios monetários.
“O objetivo da FIBA-Europa é diminuir o fosso entre as grandes e as pequenas seleções. Atualmente, há 24 equipas qualificadas e ente 12 e 13 acreditam que podem lutar por uma medalha. Esse equilíbrio competitivo é fundamental”, acrescentou.