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Comité Olímpico de Portugal

Fernando Gomes vai recrutar empresas para criar "movimento único" para Los Angeles 2028

25 mar, 2025 - 20:21 • Lusa

Novo presidente do COP mostrou-se convicto de que, "aconteça o que acontecer no dia 18 de maio", novo governo perceberá "a ambição de um plano claro e mensurável".

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Fernando Gomes vai procurar "a partir de amanhã" as empresas para criar "um movimento único e pioneiro de financiamento" para Los Angeles 2028, declarou na tomada de posse como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), esta terça-feira.

"Queria deixar uma nota especial às empresas: vou procurar-vos a partir de amanhã. Em todas espero poder encontrar uma genuína vontade de se juntar a um movimento único e pioneiro de financiamento aos atletas de alta competição que nos leve a ter em Los Angeles uma equipa mais reconhecida, menos solitária, mais apoiada e mais perto de ganhar", indicou, recebendo um forte aplauso.

Fernando Gomes discursava na tomada de posse dos órgãos sociais do COP para o quadriénio 2025-2029, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O novo presidente do organismo olímpico tinha começado por instar todos - "Estado, empresas, comunicação social" - a participarem naquilo que descreveu como o final do silêncio no qual vive o desporto nacional, considerando que o país "vive na idade da ignorância, não das federações, não dos atletas, não das equipas, mas de tudo o resto".

Interpelando diretamente o Governo, representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, do ministro dos Assuntos Parlamentares, responsável pela tutela do desporto, e do secretário de Estado do setor, Pedro Dias, Fernando Gomes mostrou-se convicto de que, "aconteça o que acontecer no dia 18 de maio", o executivo resultante das eleições vai perceber "a ambição de um plano claro e mensurável" para os objetivos comuns.

"Sei que independentemente desse resultado, o desporto precisa de olhar para as suas fontes de financiamento e perceber se elas estão a contribuir para o equilíbrio e competência, ou se estão a aumentar a vertigem que existe entre o futebol e todo o restante universo desportivo de muitos milhares de jovens talentos", defendeu o portuense, que presidiu à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) durante 13 anos.

O presidente do COP reiterou que "rever a aplicação das receitas provenientes das apostas desportivas é nuclear".

"Instamos o Governo a criar de imediato um grupo de trabalho que possa, de forma rápida e objetiva, analisar o que aconteceu nos últimos oito anos e perceber onde podemos introduzir ponderadores que fomentem uma distribuição mais concorrente com o êxito desportivo", acrescentou, num apelo "aceite" por Luís Montenegro no seu discurso.

Numa cerimónia na qual os nomes do desporto estiveram em "peso", desde os antigos presidentes do COP Artur Lopes e Vicente Moura, aos líderes federativos ou o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, o antigo basquetebolista assumiu que é um dirigente "de poucas palavras, muito de fazer e sempre focado em objetivos".

"O trabalho arranca hoje, o nosso programa foi sufragado, e amanhã [quarta-feira] mesmo já teremos uma reunião alargada com todas as federações para o melhorar ainda mais. Terminou o tempo das palavras, começa agora o tempo da ação", prometeu.

Num discurso em que cumprimentou Laurentino Dias, o candidato derrotado nas eleições de 19 de março, e reafirmou que as federações que apoiaram o antigo secretário de Estado do Desporto são, aos seus olhos, "tão importantes quanto as outras", Fernando Gomes recordou ainda José Manuel Constantino, que presidiu ao COP entre março de 2013 e 11 de agosto passado, data da sua morte.

"A honra que sinto por suceder a José Manuel Constantino, um dos maiores pensadores da história do desporto português, é proporcional à responsabilidade que tenho de dar vida ao seu legado e à sua visão", comparou.

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