20 jan, 2025 - 16:20 • João Filipe Cruz
O antigo vice-presidente do FC Porto José Guilherme Aguiar considera que era “inevitável” a saída de Vítor Bruno do comando técnico do clube.
“Acho que passou a ser inevitável”, defende Aguiar em declarações a Bola Branca. “Respeito o timing e concordo. Ninguém melhor que o presidente do FC Porto e o diretor do departamento de futebol, Jorge Costa, que sabem o que estão a fazer.”
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O antigo dirigente defende Vítor Bruno e aponta o holofote para “a postura” de alguns futebolistas. “O treinador é a parte mais fraca. Na minha opinião, não foi o treinador do FC Porto que levou a estes resultados”, reflete. “Infelizmente, várias situações concorreram, entre as quais a postura de alguns jogadores, que não pareceu a mais adequada ao que é o FC Porto. A saída de Vítor Bruno é o mais fácil. É mais fácil substituir o treinador do que o plantel”, acrescenta.
E continua: “Falta um clique. Julgava que o facto de os dirigentes estarem ligados ao futebol umbilicalmente iria permitir conduzir a uma maior união da equipa e isso não aconteceu. Neste caso, a única solução era a saída do treinador. Não é comum no FC Porto, mas acontece".
Para Guilherme Aguiar, este trata-se de um caso de desamor desde o início. “Vítor Bruno foi sempre um mal-amado da facção que perdeu as eleições. Sabíamos que, qualquer coisa que acontecesse, o treinador seria aquele que podiam atacar. Não podiam atacar o presidente depois da maioria esmagadora que teve nas eleições”, explica.
Ou seja, trata-se de "uma reação racional, mas emocional” por parte de Villas-Boas. “Racional porque teve a sensação que precisava de mudar a situação e emocional porque tinha de ser já. Deve ter falado com os responsáveis e chegaram a essa conclusão.”
Olhando para o futuro, José Guilherme Aguiar prefere um treinador com o perfil do diretor para o futebol e equipas profissionais. “Gostava de ter um treinador com o espírito e a maneira de ser do Jorge Costa”; admite o antigo vice-presidente dos dragões. “É capaz de não aceitar, mas..."
O FC Porto registou a terceira derrota seguida. Desta vez, perdeu em Barcelos, por 3-1, depois de ter sido batido também com Nacional da Madeira, na Choupana, e com o Sporting, em Leiria, na semifinal da Taça da Liga.