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FC Porto

“Interventivo, efusivo e energético”. O que esperar de Anselmi, o “amigo” dos jogadores

28 jan, 2025 - 13:15 • Pedro Castro Alves

Nuno Gomes, treinador-adjunto do Tigres, descreve o novo técnico do FC Porto e explica as semelhanças e as diferenças em relação a Ruben Amorim.

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Nuno Gomes, treinador-adjunto do Tigres, da Liga Mexicana, descreve Martín Anselmi como “interventivo, efusivo e energético”. O português defrontou o novo técnico do FC Porto no México e conta a Bola Branca as principais características que identificou.

“É bastante interventivo, bastante efusivo, bastante energético no banco. Jogadores que nós conhecemos, que trabalharam com ele, dizem que é muito exigente no treino, não deixa ninguém de fora, todos têm de dar o máximo. Parece muito exigente no treino e muito disciplinador”, diz, nestas declarações à Renascença.

Para além da personalidade forte, os 39 anos de idade também facilitam a relação com os jogadores, algo que favorece a união do grupo.

“Os jogadores têm uma idade muito próxima dele. Ele consegue chegar muito perto dos jogadores, parece-me ser bastante interativo com eles e ser mais um amigo”, explica o treinador português.

Sobre se tem potencial para ter sucesso em Portugal, Nuno Gomes não dá certezas aos adeptos portistas, mas sublinha que o estilo de Anselmi funcionou no México.

“Ele não conhece o futebol português e vai ter, com certeza, uma adaptação inicial, é normal. Que no México fez um excelente trabalho, sim, fez. Vamos ver se ele estará à altura em Portugal de colocar o FC Porto no bom caminho”, reforça.

3-4-3 “intenso” ao estilo Amorim

Martín Anselmi tem sido apontado por alguns como o “Ruben Amorim argentino”. Com as devidas diferenças, Nuno Gomes compreende o paralelismo que é traçado, muito com base no sistema que tem sido utilizado pelo novo treinador do FC Porto desde os tempo em que orientou o Independiente del Valle, no Equador.

“Eles jogam num sistema tático semelhante, o 3-4-3. Por vezes usam dois pontas de lança, fazem o 3-4-1-2. A semelhança será os três centrais e jogar com os laterais mais à frente, a serem praticamente extremos, e a meterem muita gente em zona ofensiva”, começa por comparar.

“Tem um estilo de jogo bastante intenso, gosta de pressionar alto, com intensidade, agressividade e condiciona muito os adversários. Em posse, são equipas que assumem o jogo. Domina o jogo com bola, gosta de ter a iniciativa do jogo. É um jogo muito associativo, muito dinâmico e que mete muita gente em zonas de finalização”, completa.

Apesar das parecenças, as dinâmicas do jogo de Martín Anselmi são diferentes das de Ruben Amorim.

“O Cruz Azul usava muito os médios interiores para chegar às zonas de finalização e ter remates de fora da área. Tinha três avançados com qualidade, que usava com rotatividade e mantinha sempre a intensidade ofensiva. Por volta dos 60 minutos, trocavam de avançado ou atiravam um e colocavam dois e tinham sempre muita gente fresca nas zonas de finalização, o que dificultava muito as defesas contrárias”, conclui o treinador português, adjunto do Tigres.

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