13 mar, 2025 - 13:15 • Rui Viegas , Inês Braga Sampaio (texto)
Carlos Melo Brito, ex-membro do Conselho Superior do FC Porto e atualmente presidente da Direção Regional Norte da Ordem dos Economistas, avisa que o novo empréstimo obrigacionista de 30 milhões de euros do clube portista pode não ter o efeito desejado.
À época desportiva dececionante do FC Porto juntam-se as dificuldades financeiras herdadas da presidência de Pinto da Costa, o que significa que o clube continua sob vigilância da UEFA. Novo deslize traduzir-se-á em exclusão das competições europeias por duas temporadas.
Daí novo empréstimo obrigacionista, que, em declarações a Bola Branca, Carlos Melo Brito espera que não seja, mas tema que possa mesmo ser "uma iniciativa com o fracasso que teve o outro que foi lançado há uns meses".
"Nesta altura, para o público em geral, tenho muitas dúvidas que se consiga colocar um montante dessa ordem. Tenho dúvidas de que a remuneração seja suficientemente atrativa para a perceção de risco que o público em geral tem de um empréstimo desse género", sustenta.
Para Carlos Melo Brito, este rombo financeiro e desportivo "é de manual".
"Vínhamos de uma liderança, de uma estrutura, de uma cultura organizacional, e passámos para outra totalmente diferente. Em qualquer organização, quando se passa de uma situação destas para uma nova estrutura de governação, é natural que haja sempre um período de turbulência. Turbulência organizacional, financeira e, em última instância, desportiva, que se está a verificar", explica.
Este novo empréstimo obrigacionista substitui um empréstimo lançado em abril de 2022, no valor de 50 milhões de euros.