Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Taça da Liga

Rui Borges desvaloriza Sporting mais cansado frente ao Porto. "Queremos é jogar e chegar à final"

06 jan, 2025 - 21:52 • Inês Braga Sampaio

Treinador dos leões também recusa falar em desconfiança, antes da meia-final da Taça da Liga: "Essa desconfiança não pode existir. Neste clube, existe ganhar e conquistar troféus."

A+ / A-

Rui Borges não esconde que o cansaço afeta a equipa do Sporting, mais ainda frente ao um FC Porto que não disputou 90 minutos no fim de semana, contudo, sublinha que o que os jogadores querem é jogar e tentar chegar à final da Taça da Liga, para depois vencê-la.

O Porto só jogou 15 minutos da visita ao Nacional, antes da suspensão do jogo, devido ao nevoeiro na Choupana. Já o Sporting teve uma partida de alta tensão frente ao Vitória de Guimarães. Apesar do menor tempo de descanso, o treinador dos leões prefere destacar a "ambição de jogar a meia-final e de chegar à final, que pode dar a conquista de um troféu".

"Há sempre cansaço, há muitos jogos, mas se perguntar a um jogador se prefere jogar quarta-feira e domingo, ele vai dizer que prefere jogar quarta e domingo sempre. Querem é jogar", atira Rui Borges.

Depois de um empate dececionante com o Vitória, o treinador do Sporting não quer ouvir falar na palavra "desconfiança": "Não pode existir. Vamos tentar ganhar as competições todas. A exigência deste clube é essa e estamos cientes disto. Neste clube, existe ganhar e conquistar troféus."

Sporting e FC Porto defrontam-se na terça-feira, a partir das 19h45, no Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Encontro com relato em direto e acompanhamento na rádio, na app e no site da Renascença.

Jogo com o FC Porto: "Há ambição. Temos alguns jogadores condicionados, que estão de fora, e o plantel não é assim tão grande. Mais que gestão, e é claro que temos de ter cuidado, é a ambição de jogar a meia-final e de chegar à final, que pode dar a conquista de um troféu. Há sempre cansaço, há muitos jogos, mas se perguntar a um jogador se prefere jogar quarta-feira e domingo, ele vai dizer que prefere jogar quarta e domingo sempre. Querem é jogar. O jogo pode meter-nos na final e essa ambição tem de prevalecer."

Menos dias de descanso que o Porto: "Queria ter toda a gente disponível, mas não olho às limitações. O FC Porto não jogou, não tem essa sobrecarga que nós tivemos, num jogo intenso em Guimarães. Eu foco-me no que posso controlar. O FC Porto é uma equipa dinâmica e intensa. A ambição tem de prevalecer. Os nossos jogadores estão motivados pelo que representa o jogo. A equipa adversária também terá momentos em que vai estar cansada."

Desconfiança: "Os jogadores estão confiantes, já o disse. Essa desconfiança não pode existir. Vamos tentar ganhar as competições todas. A exigência deste clube é essa e estamos cientes disto. Neste clube, existe ganhar e conquistar troféus, independentemente da exigência dos jogos. Eles precisam de adquirir comportamentos novos. Eles têm sido fantástico nestes dois jogos, independentemente do empate. Muito feliz com a resposta da equipa, eles precisam de adquirir esses comportamentos, temos trabalhado nesse sentido. É sempre melhor treinar, mas estou feliz com o que têm feito, ficava triste era se não tentassem fazer as coisas. Temos de ter consistência para sermos competitivos mais tempo durante o jogo."

Gonçalo Inácio: "Está dentro, pode ser opção. Teve uma paragem prolongada e vai precisar de tempo para adquirir essa parte física e jogar 90 minutos."

Marcus Edwards: "Está em dúvida. Está com alguns problemas próprios do tempo, relacionados com gripe, e está em dúvida para o jogo."

Interesse externo em Iván Fresneda e o mercado de inverno: "Se sair alguém, seja o Fresneda ou não, ficamos carenciados e aí acredito que temos de ir ao mercado. Seja à direita ou noutra posição. O Fresneda é opção para o jogo, seja com o FC Porto ou se chegarmos à final. O Fresneda é jogador do Sporting."

Guarda-redes: "São os três opção [Calai, Israel e Kovacevic]. A malta fala de jogadores, é natural. Todos os dias chegam médios, guarda-redes, avançados, sai o A, entra o B. Estou completamente desligado disso, sempre fui assim. Estou contente com os jogadores que tenho, são coisas naturais das equipas. Não faz sentido pensar nisso. Tenho confiança nos três guarda-redes. Já rodei, já não rodei, é uma questão de perceber o momento."

Falta tempo? "Podemos andar um ano todo, vamos chegar ao fim e achamos que podemos melhorar alguma coisa. Há dinâmicas diferentes, defensivas ou ofensivas. Vai faltar sempre tempo. Sou um treinador que acredita na repetição das coisas e nós não temos tempo para repetir, para treinar. O tempo será sempre relativo. Sinto que há essa aprendizagem, estamos a tentar ajudar ao máximo nesse sentido. Vai depender da capacidade deles. A equipa está a dar uma resposta fantástica e isso para mim sobrepõe-se a tudo o resto. Há jogos em que não vamos ter momentos tão bons como queremos, mas durante o jogo não podemos criar essa desconfiança e dar confiança ao adversário, que foi o que aconteceu com o Benfica e com o Vitória. Estamos a complicar e isso passa desconfiança. Temos de ser mais inteligentes e práticos."

Desgaste físico dos jogadores: "Eles estão prontos em termos físicos. A exigência dos últimos dois jogos foi grande, principalmente na primeira parte. Perdemos algum fulgor nas segundas partes, mas acho que nós próprios demos confiança ao adversário. Tentámos sair curto. No jogo com o Vitória, conseguimos criar perigo em profundidade e, na segunda parte, andámos a tentar jogar curto. Quando fomos buscar o Viktor [Gyökeres], já estava 4-3 para o Vitória. Às vezes, temos de ser mais práticos. Com o 1-3, houve relaxamento, não fomos tão rigorosos e deixámos o Vitória acreditar na pressão alta deles e não os pusemos a correr para trás, só aos 90 minutos quando estava 4-3, com bolas no Harder, no Viktor e no Maxi [Araújo]. O espaço existia e com o Benfica foi igual. Temos de estar mais ligados nas segundas partes."

Importância da Taça da Liga: "Tenho sempre oportunidade de ganhar títulos, mesmo noutros clubes. É uma competição diferente, queremos chegar à final, é a minha ambição desde que nasci e, se calhar, foi por isso que cheguei ao Sporting. Essa ambição trouxe-me até aqui, mas, para já, temos de nos focar no jogo com o FC Porto. Para chegar ao troféu, temos de ganhar dois jogos muito difíceis. A felicidade de entrar na história do Sporting e dar troféus ao Sporting engrandece-me a mim, à equipa técnica e ao Sporting."

Jogo de setembro com o FC Porto, ainda com Rúben Amorim: "Não me foco muito nisso. Treino jogadores diferentes, equipas diferentes. O FC Porto está numa fase bastante positiva, é uma equipa muito forte em duelos, temos de ser exigentes para sermos mais fortes nesses duelos. Em termos ofensivos, a equipa tem dinâmicas com médios, extremos por dentro, Galeno falso lateral a jogar a extremo. Acredito que a equipa está preparada para o que vai encontrar. Acima de tudo, acredito que será um bom jogo."

Dificuldades defensivas: "Os mais importantes a defender são os dois da frente, não é o quarteto defensivo. Há comportamentos específicos a que eles não estão habituados, como é lógico. Eles defendiam em 4-4-2 em alguns momentos com o Rúben [Amorim], mas ele pedia uns comportamentos e eu outros. Leva tempo e não temos tido esse tempo para identificar o erro. Eu gosto que se sintam confortáveis. Sinto que estão agarrados ao que peço. Falta treino no campo, temos ajudado com vídeo, mas não é a mesma coisa. Temos tentado ir corrigindo uma ou outra coisa. Eles estão ligados à ideia e ao jogo."

Renovação do João Simões: "A renovação tem de estar na cabeça do presidente. Ele faz 18 anos, mas parece que tem 25, porque é um miúdo muito maduro, pela forma como comunica em campo. Surpreendeu-me bastante."

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+