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I Liga

"Somos a equipa da Europa com maior média de jogos mensais". Rui Borges assume cansaço no Sporting

14 fev, 2025 - 12:31 • Eduardo Soares da Silva

Na véspera da receção ao Arouca, o treinador Rui Borges garante que Gyökeres está apto para jogar, Morita sofreu nova lesão e poderá parar até um mês e diz que os leões são a melhor equipa do campeonato: "O Sporting é a melhor equipa, vai em primeiro. Não era quando o Rui Borges chegou ao clube, ponto final".

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Rui Borges, treinador do Sporting, assume que o plantel está cansado e a ser vítima de ser a equipa "com maior média de jogos mensais na Europa".

O técnico reconhece que os jogadores "não são máquinas" e assim justifica alguma quebra de rendimento apontado nas segundas partes, principalmente frente ao Dortmund, jogo da Liga dos Campeões em que o Sporting sofreu três golos na segunda metade.

Gyökeres está apto para ir a jogo contra o Arouca, este sábado, Morita sofreu nova lesão e vai parar até um mês.

O que esperar do Arouca? É uma equipa muito bem organizada, gosta de jogar e tenta dividir o jogo. Têm vindo a crescer, a melhorar cada vez mais. São muito dinâmicas, com bons jogadores, a ideia de jogo deles é muito clara. Acho que virão a Alvalade para dividir o jogo, queremos ser o que temos sido, tirando os jogos da Champions, em que não fomos tão capazes. Temos apanhado equipas com blocos baixos, acho que não será assim amanhã. Queremos ser Sporting, ganhar e manter distâncias para o objetivo final.

Gyökeres tem uma lesão no adutor? Morita está lesionado? "O Morita tem uma lesão nova, terá de parar três ou quatro semanas. O Viktor está apto para o jogo, disponível. Só e apenas".

Diomande suspenso por dois jogos: "Sem fugir muito à ética que tenho tido ao longo da carreira. O clube também tem essa ética, estamos no mesmo sentido. Sem entrar no árbitro em questão, apesar de estar chateado ou não no fim do jogo com as decisões. Só peço que olhem para as coisas de igual modo, com o mesmo critério, para as decisões e os castigos. No meu anterior clube, também vivi coisas parecidas, só pedimos um pouco de igualdade nos castigos. Olhar para todas as equipas, o que fizeram com as outras, e com a nossa".

Gyökeres pode jogar de início? "Está apto e disponível, será minha decisão, do treinador, se joga de início ou não".

Como se explica o défice físico da equipa? Porquê que não se acautelou para isso no mercado de janeiro? "Respondendo com dados: somos a equipa da Europa com maior média de jogos mensais. Até do mundo se calhar somos a equipa com mais jogos, talvez não por causa do Brasil. Desde que cá estou, treinos aquisitivos fiz dois. É difícil. Não falo do que vem para trás, não me desculpo ou sacudo água do capote. A equipa está cansada, os jogadores têm feito muitos jogos. O Hjulmand parou agora depois de 15 jogos a fazer 90 minutos. Eles não são máquinas, o cansaço existe. Falhámos noturas coisas para lá do défice físico, ainda que ele tenha sido claro. Decisões lentas, menos intensos. Não é desculpa, mas o cansaço existe. Os jogadores têm sido fantásticos, tirando a Liga dos Campeões, estamos muito bem. Estamos quatro pontos à frente, temos melhor ataque, melhor defesa. Fizemos dois jogos com o Benfica, dois jogos com o Porto. É natural que a equipa se ressinta, vamos tentar recuperar e estar melhores. Fiquei feliz com o mercado porque não saiu ninguém".

Quando se fala tanto de perdas, tem ganho algo? Como outras opções? "Tenho ganho, claro. O Fresneda tinha um ano e meio com poucos minutos e tem crescido. É competitivo, tem correspondido. O Debast igual, porque tem uma posição nova, o João Simões também se tem afirmado, tem-se sentido cada vez mais jogador de equipa principal. O Harder, também. Ganhou-se alguma margem para dar minutos a alguns jogadores".

Teme que Arouca possa causar muitos problemas face à menor carga competitiva? "Podemos ir por esse sentido com todos os clubes da Liga. A maior motivação que temos é sermos primeiros e querermos ser campeões. O objetivo vai sobrepor-se ao adversário, independentemente do maior ou menor cansaço. Temos de ser competentes. Precisamos, primeiro, de ser competentes. Nesta fase, isso é essencial. E a malta tem sido muito no campeonato".

Pode prometer que o Sporting vai voltar a ser uma super equipa como era com Amorim? Ou para chegar a esse patamar precisa de treino que pode vir só numa pré-época? "O Ruben também se calhar precisa lá no Manchester. O Sporting é a melhor equipa, vai em primeiro. Não era quando o Rui Borges chegou ao clube, ponto final. Prometo trabalho e lutar para ser campeão. Quero ganhar os jogos todos, quero ser uma grande equipa. Para já, somos a melhor porque vamos à frente. Depende do que é para vocês uma super equipa e o que é para mim. Quero ser campeão".

Pedro Gonçalves lesionou-se em novembro, chegou a voltar ao relvado. Quando voltará? "O Pedro não tem uma lesão grave, mas tem de ser mesmo bem tratada. Está a cumprir todos os parâmetros da recuperação. É isso que posso dizer. Tomara eu dizer o quando".

Qual o momento mais difícil de lidar no Sporting, quando chega aos 50 dias no cargo? "Por mim, está top, o grupo está fantástico. Acho que a melhor resposta é o que eles têm sido capazes de se adaptar, quase sem treinos. Não me causa problema dizerem que querem um Sporting como o de antigamente, mas o Rui Borges é o Rui Borges e o Ruben é o Ruben. O Sporting, até ver, tem sido forte. Compete-me sentir que eles estão agarrados à ideia. Há uma harmonia muito positiva no dia a dia. Não digo isto porque estamos em primeiro. Tem sido muito boa a dinâmica, os jogadores estão alegres e cientes dos objetivos, que é sermos campeões. O momento mais difícil se calhar foi perder a Taça da Liga, porque era um troféu que queríamos muito vencer. Sou um treinador feliz desde que cá estou. Não tive Natal, gosto muito dessa data".

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