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Sporting

Frederico Varandas. O plantel de Amorim, as lesões, as contratações, as arbitragens e o silêncio sobre Pinto da Costa

21 fev, 2025 - 22:49 • Carlos Calaveiras

Líder leonino explicou-se, esta sexta-feira, à Sporting TV e falou de vários assuntos.

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O presidente do Sporting, Frederico Varandas, falou à Sporting TV sobre lesões, arbitragem, troca de treinadores e mercado de transferências.

Condolências a Pinto da Costa

"Fiquei surpreendido pelo barulho do assunto. Se há pessoa que ultrapassa as questões pessoais sou eu. Falo com tantas pessoas que quando deixar de ser presidente do Sporting não vão voltar a ouvir a minha voz. Foi uma decisão institucional, que nada teve a ver com o presidente. Se a instituição Sporting não se revê em quem prejudicou o clube, a indústria do futebol e os nossos valores, seria uma hipocrisia mudar por essa pessoa ter morrido. Há pessoas com a coluna vertebral flexível, mas eu não a tenho e vou estar sempre do lado dos meus valores e princípios. Sei que no final do dia terei muitas pessoas que não gostam de mim, mas faz parte. Enquanto estiver aqui vou fazer o que ditam os meus princípios"

Mandato de Pedro Proença na FPF

"A escolha do apoio do Sporting foi fácil em virtude das pessoas e projeto. Apoiámos pela visão que tem em melhorar a transparência e qualidade da arbitragem. Nestes anos o Sporting bateu-se por medidas para melhorar a arbitragem. Como publicação da nota dos árbitros, para ver quem avalia os árbitros e como são avaliados. Quem não deve, não teme. Vamos lá, avaliámos e observamos que nota cada arbitragem teve. Não há nada a esconder. Segundo, a especialização na carreira de VAR. Não concordamos com algo perigoso que é que os árbitros, que hoje em dia têm a sua ambição, acabam por estar numa competição entre árbitros. Eu vou ser VAR e um árbitro VAR sabe que se tomar uma decisão vai influenciar a nota do árbitro. Claro que isto afeta o seu juízo. O Sporting defende que deve haver uma carreira específica de VAR. Quem é VAR é VAR, e quem é árbito é árbitro. E também defendemos a criação de uma entidade externa que conduza a arbitragem. Quarto ponto: a valorização da carreira de árbitro. O árbitro deve ter as melhores condições financeiras, de trabalho, de treino, de recrutamento e está no programa eleitoral de Pedro Proença e Luciano Gonçalves."

Arbitragem?

"Temos uma forma de estar onde tentamos valorizar o futebol português, criar um ambiente positivo e, desde o primeiro dia, temos uma política para que se valorize a carreira do árbitro. É dar condições higiénicas de poder trabalhar. É muito fácil neste cargo ou no cargo dos nossos rivais cair na tentação de sistematicamente, a seguir a um desaire, vir intoxicar. Não nos revemos nessa forma de estar, comunicar e o Sporting tenta dizer de forma construtiva e objetiva e faz crítica para melhorar o que está menos bem e o que podemos fazer diferente para a frente. Na altura, em finais de dezembro, se puder fazer uma análise desde aí, considero que o critério de arbitragem de que o Sporting é alvo nos jogos é diferente para os rivais que lutam para os mesmos objetivos do Sporting”.

Aposta em João Pereira

"Resumindo e voltando ao dia 11 de novembro seria difícil tomar uma decisão até pela construção do plantel em 3x4x3. O João Pereira não jogava assim, mas as suas equipas saíam a três e isso ajudava. Qualquer treinador que viesse seria muito difícil pela razão que os jogadores não estavam recetivos a mudar e não era pelo João. Desde que estamos aqui o João está a fazer a melhor época na equipa B e mesmo com muitos desfalques, está na fase de subida para II Liga. O João vai fazer o seu caminho".

Rui Borges

"Muito satisfeito pela forma de trabalhar e pela forma de olhar para o problema na qual me revejo. Já trabalhei com muitos treinadores que reagiram de formas diferentes às adversidades. O Rui Borges só pensa em arranjar uma solução, seja com um júnior ou um juvenil, e depois consegue transmitir confiança à equipa. Ele é calmo e sereno e, mesmo sem horas para treinar, tem mostrado capacidade de adaptação. Há quem se lamente a vida toda e o Rui Borges é um lutador que casou muito bem num grupo com um calendário complicado pela frente com lesões e expulsões. Só posso dizer que vamos continuar a lutar".

Hugo Viana - saída antecipada

"Havia um compromisso desde outubro de ele ser diretor do City na época seguinte. Durante o mercado de janeiro informou-me, por razões familiares, que queria seguir a sua vida. Não tínhamos outra alternativa."

As lesões?

"A lesão existe no desporto, é um facto. O Sporting nestes últimos anos tem tido épocas com muito poucas lesões. Não quero falhar mas penso que o Bragança fez uma lesão grave há dois anos e tivemos lesões normais como todos os clubes. Tivemos poucas lesões traumáticas e musculares. Sempre tivemos ótima disponibilidade dos jogadores para treino e jogo. Temos tido muitas lesões, sobretudo traumáticas. Temos oito lesionados, dos quais cinco traumáticas e três dessas graves, e outras três lesões musculares. É normal face à exposição de risco que têm. Começámos em novembro e começámos com vagas de três ou quatro lesionados. Temos problemas porque não contamos com os jogadores e não vão poder rodar a nível de gestão. Tivemos de sobrecarregar jogadores e lesões trazem sempre mais lesões. É normal termos sempre um ou dois jogadores lesionados. Tivemos três ou quatro lesões pesadas em jogadores nucleares. Jogamos ainda mais num ano em todas as frentes e em que se mudou o modelo da Champions; um ano onde fomos à ‘final four’ da Taça da Liga, e em que estamos na Taça e no campeonato; num ano em que os jogadores têm datas FIFA... isto tudo somado leva a uma situação complicada de gestão. Há coisas que se controlam e outras não."

Saídas de Edwards e Kovacevic em janeiro

"O Edwards é jogador do Sporting e é um jogador com muito talento no qual acreditamos, mas ele também tem de dar o melhor de si. Após falarmos, chegámos à conclusão de que era melhor o jogador sair. O Kovacevic não teve um início fácil, não se adaptou e, de forma mais crua, temos de reconhecer que não correspondeu às expectativas e daí termos avançado para o Rui Silva, em janeiro tínhamos uma prioridade que era o guarda-redes.

Não podiam ter ido buscar um médio e outro extremo?
"
Janeiro é um mercado difícil e muito caro e trazer por trazer não vale a pena. Nós não tínhamos capacidade financeira para isso."

Se não for campeão…

"Em 40 anos, antes de chegar aqui, celebrei dois títulos. Desde que chegámos aqui, celebrámos dois, fora as taças, modalidades, etc. Esta responsabilidade é da Direção. De tudo. Bicampeonato? Se não houve a responsabilidade é nossa, mas essa palavra pertencia ao nosso mundo imaginário. Hoje, somos candidatos a ganhar, não só com responsabilidades, uma equipa grande... Estamos em primeiro e quando olho para o peito vejo o símbolo de campeão. É trabalho desta direção. Antes eram dois clubs, um para a esquerda, outro para a direita. Hoje fico muito feliz pela palavra 'bicampeonato' estar no nosso dicionário."

Plantel curto?

"Temos de recuar uns meses, o plantel foi construído pelo treinador na altura, ajustado para o sistema de jogo do treinador, um plantel que se foi aperfeiçoando em 4 épocas com o treinador, talhado para o sistema de jogo do treinador. Podemos dizer que foi um plantel que sempre deu bons resultados do ponto de vista competitivo. E, de facto, este ano por várias circunstâncias, mudando como houve, a mudança de treinador, é um plantel ajustado a um sistema de jogo que hoje não se aplica. Não queríamos que assim fosse, mas assim é."

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