24 nov, 2018 - 16:19 • Fotos: Christophe Petit Tesson/EPA
Este sábado, a situação entre a polícia e os manifestantes intensificou-se, nos Campos Elísios, com centenas de "coletes amarelos" a descerem a famosa avenida da capital, apesar de o movimento ter sido proibido de aí se manifestar.
A polícia francesa lançou gás lacrimogéneo e canhões de água para tentar travar os manifestantes que não respeitaram zonas interditas, para chegar à residência oficial do Presidente Emmanuel Macron.
Oito pessoas ficaram feridas, incluindo dois polícias, e 35 foram interpeladas, tendo 22 ficado detidas, segundo um balanço do Ministério do Interior.
De acordo com a mesma fonte, perto de 81.000 "coletes amarelos" protestavam hoje cerca das 15 horas (14h00 em Lisboa) em toda a França, 8.000 dos quais em Paris. No passado sábado à mesma hora eram 244.000 no total.
O ministro francês do Interior atribuiu responsabilidades à líder de extrema-direita Marine Le Pen pelos distúrbios nas manifestações deste sábado.
Castaner recordou que, através da rede social Twitter, a líder de extrema-direita apelou aos manifestantes para se dirigirem aos Campos Elísios, apesar da proibição expressa de se concentrarem nessa avenida da capital francesa.
Le Pen recusa ter apelado a qualquer tipo de violência.
Os protestos já duram há uma semana e fizeram já uma vítima mortal - uma manifestante, com cerca de 50 anos. A mulher morreu num acidente em Sabóia, sudeste de França, atropelada por uma condutora que levava a filha ao médico e entrou em pânico, avançando para os manifestantes que tentavam evitar que o veículo prosseguisse a marcha, disse o ministro do Interior francês.
As manifestações provocaram ainda mais de duas centenas de feridos.
O movimento tem o apoio de 74% da população francesa, segundo uma sondagem publicada na passada sexta-feira.