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8 dias para a saída

Deputados trabalhistas pedem "esforço extra" a Corbyn para aprovar acordo de Brexit

04 abr, 2019 - 15:21 • Redação com Reuters

Reuters teve acesso a carta de 25 deputados da oposição endereçada ao seu líder, com quem chefe do Governo quer negociar uma solução para evitar uma saída sem acordo.

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Um grupo de 25 legisladores do Partido Trabalhista, o maior da oposição no Reino Unido, enviou uma carta ao seu líder, Jeremy Corbyn, pedindo-lhe um "esforço extra" caso exista uma real possibilidade de fechar um acordo de Brexit com a primeira-ministra conservadora, Theresa May.

Numa carta a que a Reuters teve acesso, os deputados pedem ao seu secretário-geral que chegue a um acordo e que não avance com um segundo referendo ao Brexit como Corbyn chegou a propor.

No início da semana, a chefe do Governo britânico anunciou que pretende reunir-se com Corbyn para negociar uma estratégia de saída, após o acordo por ela negociado com Bruxelas ter sido chumbado uma terceira vez por uma maioria dos deputados da Câmara dos Comuns.

O acordo em questão foi assinado por May e pelos líderes europeus em novembro passando, tendo sido chumbado em janeiro, em fevereiro e novamente em março.

A divulgação da carta em exclusivo pela Reuters tem lugar quando faltam apenas oito dias para o atual prazo de saída do Reino Unido, no próximo dia 12 de abril. A saída estava inicialmente marcada para 29 de março, mas a UE aceitou alargar esse prazo cerca de meio mês para que os britânicos tentassem resolver o impasse.

Ao estender a mão a Corbyn, a chefe do Governo britânico informou que pretende pedir um novo adiamento à UE, até 22 de maio, antes das eleições europeias, uma possibilidade que a UE só aceitará se vir progressos concretos nas negociações de um acordo de saída.

Esta quinta-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia disse estar a perder as esperanças quanto a uma saída ordenada com base num acordo entre as partes, alertando que, neste momento, o Reino Unido está a encaminhar-se a passos largos para uma saída sem acordo.

Este cenário, o chamado Brexit rígido, continua a assombrar toda a União Europeia pelos impactos negativos na economia do bloco e nas de cada Estado-membro.

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