26 nov, 2015 - 19:21
O Cardeal Patriarca de Lisboa espera que o novo Governo pense sobretudo no bem comum e pede a todos os órgãos do Estado, que contribuam para a realização plena dos cidadãos.
No dia em que foi empossado o executivo socialista de António Costa, D. Manuel Clemente não quis comentar a realidade política, dizendo que “o tempo é que demonstra o tempo”, mas deixou claro a sua disposição para enfrentar os desafios que se colocam à sociedade.
“O que eu quero – enquanto cidadão – do Governo e dos outros órgãos de soberania, é que o bem comum aconteça”, disse.
Falando à margem do Congresso Nacional de Medicina, no Porto, o Patriarca de Lisboa explicou o que quer dizer por bem comum: “É o conseguir e aumentar todos os meios que permitam a realização plena de todos os cidadãos, sobretudo os que estão mais longe dessa realização plena.”
“O que eu quero enquanto cidadão e enquanto servidor de uma tradição religiosa que vai no sentido do bem comum é isso. Nessa frente, estamos todos aí”, garante D. Manuel.
Passavam dois minutos das 16h00 quando António Costa assumiu o compromisso de honra de cumprir "com lealdade" as funções de chefia do XXI Governo Constitucional e assinou o auto de posse, assinado em seguida também pelo chefe de Estado.
Estavam presentes na Sala dos Embaixadores do Palácio Nacional da Ajuda vários membros do executivo PSD/CDS-PP cessante, chefiado por Pedro Passos Coelho, que tomou posse há 27 dias, no mesmo local.
A tomada de posse do Governo do PS acontece 53 dias depois das eleições legislativas e 15 dias após o derrube do executivo PSD/CDS-PP na Assembleia da República pelos socialistas, BE, PCP, PEV e PAN, através da aprovação de uma moção de rejeição.