12 dez, 2016 - 19:37
O Papa Francisco telefonou esta segunda-feira ao líder da Igreja copta ortodoxa, Tawadros II, para manifestar-lhe o seu pesar pelo atentado deste domingo junto da Catedral de São Marcos, no Cairo, Egito.
Segundo o director da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, Francisco deixou uma palavra de solidariedade a toda a comunidade copta atingida pelo ataque, que provocou mais de 20 mortes e dezenas de feridos, incluindo muitas mulheres e crianças.
“Estamos unidos no sangue dos nossos mártires”, disse o Papa, que prometeu rezar pela comunidade copta durante a Missa a que presidiu esta tarde, na Basílica de São Pedro, na festa de Nossa Senhora de Guadalupe.
Segundo as autoridades egípcias, o atentado foi levado a cabo por um bombista suicida, já identificado, que se infiltrou na igreja de São Pedro, junto à Catedral de São Marcos, sede da Igreja Ortodoxa Copta e não com uma bomba colocada à entrada da Igreja, como tinha sido antes noticiado.
Já este domingo, o Papa tinha recordado os que morreram no ataque. “Quero exprimir uma proximidade particular ao meu caro irmão papa Tawadros II e à sua comunidade, rezando pelos mortos e os feridos”, disse Francisco, após a recitação da oração do ângelus na Praça de São Pedro.
Na sequência do atentado, o presidente do Egito, Abelfatah al Sisi, declarou três dias de luto, a partir de segunda-feira.
Os coptas são os cristãos nativos do Egipto e embora não haja dados concretos, estima-se que sejam cerca de 10% da população, constituindo a maior população cristã no mundo muçulmano. O líder daquela Igreja, que é também conhecido pelo título Papa, sucede ao evangelista São Marcos. Embora exista uma minoria de coptas que estão em comunhão com Roma, a esmagadora maioria são ortodoxos. A Igreja Copta Ortodoxa rejeitou as conclusões do Concílio de Calcedónia, no século V, tal como a Igreja Arménia e a Igreja Etíope, por exemplo, com as quais está em comunhão plena.