10 out, 2017 - 10:49
Rui Rio terá adversário na corrida à liderança do PSD e chama-se Pedro Santana Lopes. O "Expresso" avança que o actual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), adiantando que a decisão está tomada e que "falta apenas decidir quando, como e onde será feito o anúncio formal".
Ao que o jornal apurou, a decisão de Santana Lopes implica a sua saída do cargo de provedor da SCML. "Nem os estatutos da SCML prevêem a figura da suspensão de mandato, nem Santana veria como boa a possibilidade de disputar um cargo mantendo-se ligado a outro que é incompatível", escreve o jornal.
A confirmar-se a disponibilidade, Santana é o segundo candidato a concorrer à liderança do PSD.
Santana garantiu esta terça-feira, à SIC, já ter tomado a decisão sobre uma candidatura à liderança do partido, dada como certa por vários órgãos de comunicação social, mas só a comunicará após cumprir os seus "deveres institucionais".
"Quando tiver cumprido os meus deveres institucionais, com o Governo e com o meu partido, farei a confirmação do sentido da minha decisão. Não pedi licença a ninguém para tomar a decisão que está tomada. Não estou condicionado por mais nada, nem por ninguém”, acentuou Pedro Santana Lopes, numa declaração enviada à SIC e lida no Primeiro Jornal.
Há precisamente uma semana, no habitual espaço de comentário político na SIC-Notícias, com o ex-ministro socialista António Vitorino, Pedro Santana Lopes admitiu estar a ponderar uma candidatura à liderança do PPD-PSD. “[Estou] a ponderar, obviamente”, admitiu o antigo primeiro-ministro, depois de revelar que tem recebido muitas mensagens de incentivo da parte de elementos do partido.
O programa e as "lapas"
Na sexta-feira, num artigo publicado no "Correio da Manhã", o ex-líder social-democrata revelou estar a trabalhar num programa para o partido.
“Nesta fase, os programas são muito importantes, por mim, é disso que estou a cuidar estes dias”, escreveu Santana, num artigo em que se insurgia contra o “número considerável” de “lapas” que o PSD tem.
Santana Lopes chegou mesmo a afirmar que as “três casas” por onde passou – câmaras da Figueira da Foz e de Lisboa e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – pretendem o seu regresso ou continuidade.
“Sou mais de ação, sou mais de agir e, desculpem a presunção, mas nas três casas que dirigi com algum tempo até hoje, têm querido que eu regresse ou que continue”, sublinhou, para logo a seguir advertir que “as lapas estão ou vão quando lhes convém” e reiterar só “têm valor os que acrescentam valor”.
O Conselho Nacional do PSD aprovou na segunda-feira a realização de eleições diretas para escolher o presidente do partido em 13 de janeiro e o Congresso em 16, 17 e 18 de fevereiro.
Até agora, apenas o ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio agendou a apresentação pública da sua candidatura à liderança do PSD para quarta-feira, em Aveiro.
Antes, o ex-líder parlamentar Luís Montenegro e o eurodeputado Paulo Rangel também ponderaram avançaram, mas já anunciaram que não serão candidatos. Montenegro justificou a decisão com razões políticas e pessoais, Rangel com questões familiares.
O conselho nacional do PSD aprovou na segunda-feira a realização de eleições directas para escolher o presidente do partido a 13 de Janeiro e o congresso a 16, 17 e 18 de Fevereiro.
[Notícia actualizada às 13h45]