03 jun, 2016 - 12:20 • João Fonseca
Bruno Alves conversou com o pai, Washington Alves, após o jogo de Portugal com a Inglaterra, esta quinta-feira, em que acabou expulso aos 35 minutos da primeira parte, num jogo que terminaria com a vitória dos ingleses, por 1-0.
Na conversa mantida entre ambos, Washington revelou em Bola Branca que pediu ao filho para "respirar fundo e assumir as consequências", isto depois de este ter reconhecido "que se tinha precipitado".
"O Bruno, sempre que vai para a Selecção, vai defender a bandeira e o seu país. O Bruno nunca deixou a selecção em momento nenhum, sempre esteve presente de corpo e alma. Nunca reivindicou titularidade ou mais supremacia", afirmou Washington.
"O próprio jogador pune-se sabendo que deixou a equipa com menos um. O grupo sabe que podia ser qualquer um a estar nesta situação", disse ainda, assumindo que a equipa vai ajudar o central a ultrapassar a situação. "Quando o grupo é forte, ampara o colega".
"O futebol é mesmo isso, é um a cobrir e a proteger o outro. É assim que a Selecção pode ter uma mais-valia e ser uma selecção forte, quando o grupo está unido e quer o bem do outro. Assim é que se faz um grupo vencedor", sublinhou o pai do internacional português.
Embora reprove a conduta de Bruno Alves, Washington lembra que numa situação adversa uma equipa deve saber reagir. "As equipas têm de aprender a jogar com menos um. É uma situação que pode acontecer no Euro", esclareceu.
"Há jogadores que vão para a Selecção para jogar e não há jogos amigáveis, há jogos. Apesar de sentirmos que ele se precipitou e que foi uma jogada imprópria, não deixa de ser futebol. A Selecção ficou mais frágil sem o Bruno, mas faz parte. O treinador teve a oportunidade de ver a equipa a defender com menos um, são situações que acontecem no futebol. Quem vai para o futebol, vai sujeito a tudo", finalizou o pai de Bruno Alves.