09 dez, 2015 - 07:55
Com a subida do salário mínimo na agenda, o presidente da COTEC Portugal diz que o país conseguiu ultrapassar as fragilidades da sua economia, em que a competitividade era sustentada em mão-de-obra barata, pelo que é tempo de competir com os países “de maior valor acrescentado”.
“Temos hoje uma realidade onde temos de competir com os países que têm já valor acrescentado naquilo que fazem, nos seus produtos e não tanto por custos de mão-de-obra barata, como noutras épocas Portugal se especializou”, afirma.
“Hoje o mundo está aberto, a globalização é uma realidade, Portugal compete com o mundo inteiro e com o nosso estádio de desenvolvimento não podemos competir com aqueles do menor valor acrescentado. Temos de competir com os de maior valor acrescentado e evoluir nessa cadeia do maior valor acrescentado só é possível com inovação, com investigação e desenvolvimento e investimentos associados a essa realidade”, defende numa entrevista à Renascença.
Na terça-feira à noite, o Partido Comunista defendeu o aumento do salário mínimo para os 600 euros já em Janeiro.
Esta quarta-feira, realiza-se a 12.ª edição dos Encontros da Inovação COTEC – uma iniciativa que conta mais uma vez com a participação do Presidente da República. Será a última presença de Cavaco Silva, que desde a primeira edição assume o cargo de presidente da assembleia geral da COTEC.