12 jan, 2016 - 18:09
Os Estados Unidos estão no meio de uma febre de lotaria, com o maior prémio de sempre do Powerball a ultrapassar os mil milhões de dólares depois de sucessivos jackpots.
O valor do prémio é de tal ordem que neste momento compensa apostar em todas as combinações possíveis, o que custaria pouco menos de 600 milhões de dólares, para garantir o prémio e ainda ter lucro.
O jornal “Wall Street Journal” (WSJ) fez as contas e concluiu que para um empreendimento desta natureza bastava adquirir 58 milhões de formulários, cada um dos quais tem espaço para cinco combinações diferentes. No tempo que falta até ao sorteio, quatro dias, isto implicava comprar 172.2 impressos por segundo – o que admitidamente poderá ser difícil para alguns.
Mas não basta comprar os impressos. É preciso ainda preenchê-los e validá-los a tempo, o que requer a utilização simultânea de 519 terminais. Talvez queira pedir ajuda a alguns amigos.
Se conseguir fazer isto, então já garantiu não só o prémio principal de 930 milhões de dólares como ainda todos os outros prémios menores, que juntos valem 93,5 milhões. Ao todo mais de mil milhões, por um investimento de “apenas” 584.4 milhões… (Nada mau!)
Mas, segundo o WSJ, há ainda outro aspecto positivo a salientar. É que o dinheiro gasto com todas as apostas que não resultaram em qualquer prémio podem ser deduzidas nos impostos como perdas de jogo, pelo que o seu rendimento taxável para o ano (presumindo que não volta a trabalhar) será de 580,3 milhões de dólares.
Feitas as contas, no final desta brincadeira e depois de pagar impostos, fica com 327 milhões de dólares, pouco mais de 300 milhões de euros, de lucro no bolso.
Mas há um senão (há sempre um senão). É que todo este cenário cor-de-rosa torna-se bastante mais cinzento no caso de outro sortudo ganhar o jackpot também. Se for apenas um, menos mau, continua a ter lucro, mas este desce para uns míseros 10 milhões. Mas se forem dois ou mais a partilhar o prémio consigo, lá se foi o investimento.
Enfim… Se não houvesse algum risco, também não teria piada não é?