18 mai, 2016 - 09:52
A oferta de aquisição do BPI pelo CaixaBank implica a saída de cerca de mil trabalhadores. A estimativa é do conselho de administração do banco português, e está expressa no relatório sobre aquela proposta, entretanto divulgada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A redução acentuada de pessoal, ainda segundo o mesmo documento - citando a proposta do oferente - seria conseguida dando prioridade a reformas antecipadas e ao incentivo de “lay-offs”.
"Tomando por base os custos de reestruturação anunciados pelo oferente e as sinergias previstas na rubrica de custos com pessoal, este cenário seria compatível com a saída de cerca de mil colaboradores", especifica-se no texto enviado à CMVM.
Por seu lado, a administração do BPI admite que tem em curso "iniciativas que levarão à redução de 250 efectivos até ao final do corrente ano".
O conselho de administração do BPI considera a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank como "oportuna" e entende que é "amigável" por ser proveniente de uma instituição com "grande credibilidade" e accionista desde 1995.
Já o presidente da Santoro e vogal da administração do BPI, Mário Leite da Silva, propôs que seja um auditor independente a definir o preço por acção a pagar pelo CaixaBank no âmbito da OPA.
Na declaração de voto do relatório do Conselho de Administração do BPI sobre a OPA do CaixaBank, Mário Leite da Silva, representante da empresária angolana Isabel dos Santos, que controla a Santoro, escreve que "os documentos sobre os quais o conselho se pronuncia contêm um conjunto de vícios que prejudicam a sua análise e, em particular, que não são completos e objectivos em relação a vários temas essenciais para a percepção da oferta".
Em Abril, o CaixaBank obteve a 'luz verde' da CMVM para lançar uma OPA sobre as acções do BPI que ainda não controla, oferecendo um preço de 1,113 euros por acção no anúncio preliminar da operação.