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​Costa admite que "crescimento é poucochinho" em programa humorístico

31 dez, 2016 - 01:01

Primeiro-ministro espera que o Governo apoiado pelas esquerdas possa "durar mais que outros casamentos".

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O primeiro-ministro admitiu num programa humorístico que o crescimento económico em Portugal "é poucochinho" e concordou com a comparação entre os acordos com Bloco de Esquerda, Partido Comunista e Verdes e "casamentos modernos", "cada um na sua casa".

O líder socialista, António Costa, participou no "Governo Sombra" da TVI24, transmitido entre sexta-feira, e moderado pelo jornalista Carlos Vaz Marques, ao lado do cómico e colunista Ricardo Araújo Pereira, do escritor e assessor para a cultura do Presidente da República, Pedro Mexia, e do comentador político João Miguel Tavares.

"Não é preciso ser Natal [para admitir]. É evidente que todos gostávamos de crescer mais. Não gostava? Eu gostava. É poucochinho, claro que é, como é evidente, claro que queríamos mais", reconheceu, depois de João Miguel Tavares ter desafiado o primeiro-ministro a admitir que as previsões do executivo ficaram aquém do esperado, tal como tem vindo a defender a oposição PSD/CDS.

António Costa, respondendo a Tavares, afirmou que, "se olhar para o contexto global [desemprego, aumento de rendimentos]", os dados são positivos. "Quanto à dívida pública, para o ano, quando me convidar, já engole essa (...) para o ano já vai ser menor", assegurou.

Gerigonça pode "durar mais que outros casamentos"

Desafiado por Vaz Marques e Pedro Mexia sobre a denominada "geringonça" e a possibilidade de vir a beneficiar de uma maioria absoluta, o líder do PS sublinhou que "o sucesso deste Governo depende precisamente da existência dos parceiros" e que poderá "ser mais reformista", recusando que os líderes bloquista e comunista sejam "o verdadeiro Governo sombra".

"Isto é uma solução que não é uma coligação tradicional. Nas tradicionais, os partidos fingem que estão todos de acordo. Nesta solução, cada partido assume as suas diferenças e até, alguns, disfarçam algumas vezes as concordâncias. É ao contrário do habitual, mais original, mas funciona", disse, acrescentando: "E quem sabe se durará mais que outros casamentos".

João Miguel Tavares tinha sugerido que as posições conjuntas assinadas entre PS, BE, PCP e PEV são "como aqueles casamentos modernos, em que cada um vive na sua casa e só se juntam nas ocasiões felizes".

Sobre o processo criminal que impende sobre o antigo secretário-geral socialista e também antigo primeiro-ministro José Sócrates, por alegadas práticas de corrupção, António Costa, ex-ministro da Justiça, desejou que, "quando há alguma suspeita sobre alguém, essa suspeita seja esclarecida", com o visado a ter direito a dar a sua versão "da verdade" em contraponto a outras.

Ricardo Araújo Pereira equiparou as respostas do primeiro-ministro às réplicas "galvanizadoras e de compaixão para com os adversários" de uma "miss Universo", nomeadamente face ao ex-primeiro-ministro e presidente do PSD, Passos Coelho, gerando gargalhadas entre todos os participantes.

Entre outros assuntos internacionais, confrontado com uma hipotética escolha, nas eleições presidenciais francesas e numa previsível segunda volta, entre o candidato da direita moderada e da extrema-direita francesas, respetivamente François Fillon e Marine Le Pen, o primeiro-ministro não hesitou: "Fillon", reconhecendo o falhanço no mandato do membro da sua família política, François Hollande.

Comentários
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  • Rui
    02 jan, 2017 Castelo Branco 18:25
    'Poucochinho' era o Seguro como se vê agora com toda a nitidez. 'Poucachinho' é o porta voz do PSD que, como de costume, deturpa tudo o que vê e ouve. POUCACHINHO!!!!
  • Zé Português
    01 jan, 2017 Conchinchina 23:48
    É e será "poucochinho" enquanto o país não tiver um governo que dê confiança aos mercados nacional e internacional preferencialmente. Os investidores não gostam de governos "remendados", feitos de "retalhos", querem governos que deem confiança e garantias ao seu capital, e por isso é que o crescimento será pífio. Eles governantes, pensam que todos são malucos e que em termos de capital, as coisas devem ser como eles gostariam, no entanto já tiveram tempo de aprender com países em que governos dão sempre certo na administração, neles não há lugar para aventureiros, para políticos que pensam em "reinventar a roda", senão fosse assim, porque muitos países não passam por crises (ou pouco os afeta) e outros nunca saem delas ?
  • Abraão e david
    31 dez, 2016 mesopotanea 19:35
    Este chefe de demónios não está a enganar o povo. O povo é que se quer deixar enganar. Costa é um chefe de demónios. Os demónios são cegos. Vivem nas trevas. Não veêm que ele está a tapar as vistas? Ele está a fabricar a MISÉRIA . Mas não a quer ver. Abram os olhos , povo português!!! Rogamos ao Deus Altíssimo para que venha, sem demora, socorrer - nos. Um Santo e feliz ano novo.
  • COSTA DEMAGOGO
    31 dez, 2016 Lx 15:42
    O demagogo, pantomineiro e vendedor da banha da cobra a tentar iludir os tugas...Um poucocinho que se começa a revelar. Um populista que compra votos distribuindo dinheiro que não há a não ser dos empréstimos: são 40 milhões de euros por dia de empréstimos para suportar a geringonça e suas clientelas e que vamos ter que pagar ao memso tempo que a esquerda está a liquidar o SNS e a escola pública.Uma vergonha a que tomos assistimos com este poucocinho que é mestre na arte de enganar tolos, um verdadeiro pantomineiro e vendedor da bnha da cobra.
  • COSTA PANTOMINEIRO
    31 dez, 2016 Lx 15:27
    Assumiu a verdade que os portugueses não gostam de ouvir. Ele é poucocinho em tudo excepto excepto na arte de enganar os tolos.A mim não me engana ele pois já vi o filme dos socialistas em 2011.Estava tudo bem até vir o resgate.. Um governo sem estratégia, sem substância apenas preocupado em satisfazer a agenda fraturante do BE e as reivindicações sindicais do Nogueira, do Ralha e do Arménio. A dívida aumenta assustadoramente, são mais 40 milhões de euros todos os dias, crescimento não existe nem vai existir, as facturas dos fornecedores ficam por pagar e assim por diante, os juros da dívida quase nos 4 por cento, o BCE a deixar de comprar dívida em Agosto do px ano, o aumento do preço do petróleo e por aí adiante...O futuro não será risonho kamaradas...Virá pela certa mais um resgate...
  • VICTOR MARQUES
    31 dez, 2016 Matosinhos 12:37
    Ah...ah...ah!!!...
  • José
    31 dez, 2016 Braga 12:06
    Só se preocupam com a extrema direita. O Bloco de esquerda é o quê? extrema esquerda assim como o pcp tb.
  • Claudio
    31 dez, 2016 Costa da Caparica 10:53
    Ó Costa com a verdade me enganas? A mim não! Já agora deixa lá o bruxedo e dedica-te à religião à séria. Senhor do bonfim...
  • Fernando Mauricio
    31 dez, 2016 Lisboa 10:20
    O "Geringonças", diverte-se, nós havemos de pagar a diversão!
  • joao123
    31 dez, 2016 lisboa 09:03
    O crescimento é poucochinho mas já o aumento da da dívida pública desde Janeiro 2016 até à data em mais mil milhões por mês não está nada mal...

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