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Dia 2 de Marcelo na China. Presidente lança trunfo africano

27 abr, 2019 - 09:00 • Celso Paiva Sol, na China

Presidente da República marca presença no Fórum “Faixa e Rota”. Marcelo Rebelo de Sousa quer relação económica e financeira “muito mais acentuada” com a China.

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O segundo dia de Marcelo Rebelo de Sousa na China será marcado, sobretudo, pela presença no Fórum “Faixa e Rota”, o grande evento internacional que Pequim organiza para desenvolver ainda mais a sua estratégia de desenvolvimento.

O Presidente da República participa num dos painéis dedicado às alterações climáticas e irá tentar o maior número possível de encontros bilaterais. Um dos que parece certo será com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

A ligação de Portugal a África é, aliás, um dos trunfos que Marcelo Rebelo de Sousa pretende jogar neste esforço para estar cada vez mais próximo da China.

“A China reconhece um papel cimeiro de Portugal no quadro da União Europeia e do relacionamento com países de língua portuguesa, no quadro da CPLP, e aí só Portugal pode desempenhar esse papel. Isto ao mesmo tempo que há um crescimento – e esperamos que seja muito mais acentuando – do ponto de vista do relacionamento económico e financeiro, e não apenas cultural, político e diplomático”, afirma o chefe de Estado.

Santos Silva "pica" Marcelo e não fica sem resposta. "Nem na China esquece a campanha em curso!"
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Para além disso, Portugal diz ter outra vantagem neste novo contexto político e económico que se vai desenhando: mais de 500 anos de conhecimento mútuo com a China.

“Em termos comerciais temos à nossa frente muitos outros países da União Europeia, que não deixam de vender o que têm a vender e comprar o que têm a comprar e estimular os investimentos da China. A diferença é que nós já conhecemos os chineses e eles conhecem-nos há mais séculos do que esses povos irmãos da União Europeia e isso é uma vantagem”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.

Não se cansando de elogiar a estratégia que Portugal tem seguido nesta aproximação à China, o Presidente também diz que nem tudo são negócios. O ambiente também faz parte deste trabalho conjunto.

“Nós temos uma parceria cooperativa em domínios muito importantes à escala universal com a China, como é por exemplo o caso das alterações climáticas. Aí não é uma parceria concorrencial, não é uma diversidade de enquadramento ou de posições, é uma cooperação efetiva que temos e que vamos continuar a estimular”, refere Marcelo Rebelo de Sousa.

Este sábado cumpre-se o segundo de seis dias de visita à China e vai acabar com um outro encontro considerado muito importante, um jantar com os presidentes de algumas das maiores empresas chinesas que já estão em Portugal.

O repasto será na embaixada portuguesa em Pequim. Sentados à mesa estarão homens que já têm seis mil milhões de euros investidos no nosso país.

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