17 jun, 2023 - 18:12 • Sandra Afonso
Um dos maiores construtores automóveis da atualidade vende veículos elétricos, movidos a energia solar e energia limpa – chama-se Tesla. Uma das entradas em bolsa com mais sucesso nos últimos 20 anos foi o IPO (Inicial Public Offering) da Beyond Meat, produtora de substitutos de carne à base de plantas, com sede em Los Angeles.
Rebecca Henderson garante que nada disto é coincidência. As empresas já estão a trabalhar diariamente para a criação de um sistema mais equilibrado, sustentável e humano. E não deixaram de ser lucrativas.
A economista não está contra o capitalismo, até porque o sistema encerra em si mesmo o pior e o melhor da repartição de riqueza na sociedade actual. Se nos conduziu até ao expoente da desigualdade, também foi o que mais equilibrou os pratos da balança, de acordo com a professora. Mas precisa de ser reformado.
Em “Repensar o Capitalismo para Salvar a Humanidade” (Ed. Ideias de Ler), a autora passa para o papel o popular curso com o mesmo nome que leciona em Harvard.
Henderson explica que este “não é um problema que o mundo dos negócios consiga resolver sozinho”. Para garantir progressos reais, na resolução das alterações climáticas ou da desigualdade económica, é também essencial o envolvimento do Estado.
A investigadora divide em cinco passos este “capitalismo repensado”, para uma reforma do sistema político e económico, que podem ser aplicados individualmente nas empresas:
Ao longo de oito capítulos, são inúmeros os exemplos de empresas e empreendedores que já estão a transformar o capitalismo, rumo a “um futuro mais justo, seguro e próspero”. Esta investigadora do Nacional Bureau of Economic Reserch garante que o mundo dos negócios pode fazer a diferença, a bem do Planeta e da humanidade, mas ninguém chega lá sozinho.