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Paulo Macedo diz que lucros da CGD não são de curto prazo mas para ficar

14 jan, 2025 - 13:44 • Lusa

O presidente-executivo da instituição salienta que uma Caixa "com resultados positivos fortalece o sistema" e não há banco que seja relevante com "maus rácios financeiros".

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O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse esta terça-feira, no parlamento, que os lucros do banco não são de curto prazo e que sem alterações geopolíticas significativas em 10 anos estará a dar lucros todos os anos.

"A Caixa não tem dado lucros nos últimos anos, dá lucro consecutivo desde 2017, não é curto prazo. Se não houver alterações geopolíticas a Caixa em 10 anos vai todos os anos dar lucro", disse Paulo Macedo perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, acrescentando que "dizer que [os lucros da CGD] são lucros de curto prazo é tolice".

Sobre os lucros de 2024, admitiu esta terça-feira que serão superiores aos de 2023 (1.291 milhões de euros) mas que também que "não vai ser sempre assim, estamos a falar do pico", pois com as baixa das taxas de juro os lucros diminuirão. Ainda assim, acrescentou, a expectativa é que os lucros recorrentes "continuarão a ser expressivos".

Para Macedo, uma CGD "com resultados positivos fortalece o sistema" e não há banco que seja relevante com "maus rácios financeiros".

O gestor voltou a recordar os casos do Banif e do Banco Popular, reiterando (como já o fez várias vezes no passado) que se a CGD tivesse dado lucro de 2011 a 2016 "se calhar não tinha sido comprado por um euro o Banif e o Banco Popular".

Macedo considerou ainda que não é despiciendo ter sido um banco espanhol [Santander] a fazer essas compras, pelo impacto no setor bancário português, mas que então era o único banco com possibilidade porque era o que vinha tendo resultados positivos recorrentemente.

Defendeu ainda que "não interessa se o lucro é alto ou baixo mas se remunera capitais", neste caso os colocados pelo Estado já que a CGD é banco 100% público.

Paulo Macedo disse ainda que à CGD cabe remunerar o acionista, o Estado, e depois cabe aos políticos decidir no que aplicar esse dinheiro estimando que em dois anos a CGD entrega no total ao Estado 3.000 milhões de euros (entre dividendos e pagamento do imposto IRC).

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