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CGD esgota quota para créditos à habitação com garantia pública

06 fev, 2025 - 12:48 • Lusa

O Governo definiu o montante máximo da garantia pública em 1.200 milhões de euros, sendo distribuída uma quota a cada banco. Santander Totta tem a maior fatia do valor, com 259 milhões de euros. A CGD é a segunda com maior quota, com 257 milhões de euros.

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O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse esta quinta-feira que o banco público já esgotou o valor previsto pelo Estado para os créditos à habitação que pode conceder com recurso à garantia pública.

"No nosso caso, já temos mais processos [de crédito] aprovados do que os valores contratualizados na garantia, embora a concretização seja lenta", disse o presidente executivo (CEO) da CGD, Paulo Macedo, na apresentação do Observatório do Imobiliário 2025 da Century 21, em Lisboa.

Segundo o gestor, após aprovados os empréstimos para compra de casa, já a concretização é mais lenta. Tal deverá ter que ver com o tempo e a necessidade de reunir documentos para a formalização do crédito e das escrituras.

A garantia pública para o crédito à habitação a jovens até 35 anos (inclusive) aplica-se a contratos assinados até final de 2026 e permite ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação.

Na prática, e conjugando esta garantia com as regras para a concessão de crédito à habitação, a medida permite que os jovens consigam obter 100% do valor da avaliação da casa, em vez dos 90% de limite que vigoram para a generalidade dos clientes.

O Governo definiu o montante máximo da garantia pública em 1.200 milhões de euros, sendo distribuída uma quota a cada banco, mas abriu a possibilidade de esse valor ser reforçado se os bancos o esgotarem e se pedirem esse reforço.

Segundo o despacho de dezembro do Governo, o Santander Totta tem a maior fatia do valor que o Governo destinou à garantia pública, com 259 milhões de euros. Já a CGD é a segunda com maior quota, com 257 milhões de euros.

Pode beneficiar desta garantia no crédito à habitação quem tenha entre 18 e 35 anos de idade (inclusive) e que esteja a comprar a primeira de habitação própria permanente cujo valor não exceda 450 mil euros. Os beneficiários não podem ser proprietários de prédio urbano ou fração de prédio urbano e não podem ter rendimentos superiores aos do oitavo escalão do IRS (cerca de 81 mil euros de rendimento coletável anual).

Apesar da garantia pública no crédito à habitação, segundo vários especialistas dos setores bancário e imobiliário, o problema é que mesmo com a garantia muitos jovens não têm rendimento suficiente e não conseguem cumprir critérios para aceder ao crédito para comprar casa.

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