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Fileira do calçado leva 75 empresas a Milão em contexto internacional "de grande exigência"

23 fev, 2025 - 07:55 • Lusa

O presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos alerta que "o ano que se avizinha não será fácil, dado o abrandamento dos principais mercados" do setor e "a situação política de instabilidade com dois cenários de guerra".

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Setenta e cinco empresas da fileira do calçado participam esta semana em Milão, Itália, nas feiras internacionais Micam, Mipel e Lineapelle, num contexto internacional que a associação setorial reconhece ser "de grande exigência".

Para além das 43 empresas de calçado e acessórios de pele que, de hoje até terça-feira, expõem nas feiras Micam e Mipel, Portugal estará também representado, de terça a quinta-feira, na feira de componentes para calçado e curtumes Lineapelle, onde a comitiva nacional contará com 32 companhias, avançou à agência Lusa a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS).

No espaço de uma semana, serão assim 75 as empresas portuguesas presentes em Milão por ocasião da Semana da Moda, numa iniciativa da APICCAPS, em parceria com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e com o apoio do programa Compete 2030.

Citado num comunicado, o presidente da associação destaca que, "num contexto internacional de grande exigência, com vários mercados de referência numa situação económica muito frágil", o setor está "a regressar paulatinamente aos mercados internacionais".

"Depois de dois anos de forte contenção, é tempo de o setor de calçado estreitar novas oportunidades em 2025", afirma Luís Onofre, salientando que "o "cluster" português de calçado e artigos de pele exporta mais de 90% da sua produção, pelo que a presença em eventos internacionais no exterior se afigura como particularmente relevante".

O dirigente associativo alerta, contudo, que "o ano que se avizinha não será fácil, dado o abrandamento dos principais mercados" do setor e "a situação política de instabilidade com dois cenários de guerra".

Em 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal exportou 68 milhões de pares de calçado para 170 países em todos os continentes, o que representa um crescimento de 3,9% em volume face a 2023, mas uma quebra de 5,4% em valor, para 1.724 milhões de euros.

Ainda assim, a APICCAPS destaca que este recuo compara com uma perda de 8,2% do maior concorrente da indústria portuguesa, a Itália, e uma quebra de 7% do maior produtor mundial de calçado, a China.

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