29 mar, 2025 - 16:26 • Susana Madureira Martins
A nova presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), Patrícia de Melo e Liz, que este sábado substituiu João Pedro Tavares no cargo, diz que assumiu uma “missão” e deixa um conselho às empresas perante mais uma crise política no país: “serenar, serenar”.
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Numa curta entrevista à Renascença e à agência Ecclesia, à margem do Congresso da ACEGE, que terminou este domingo no Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira, a ex-CEO da Savills pede aos empresários que sejam “uma voz concreta” com “uma palavra que contraponha estes ruídos, estas revoltas constantes que sentimos muito”.
Patrícia Liz considera que os empresários cristãos “têm de ser o sinal de esperança e de valores, de valores de justiça, de valores éticos, de honestidade e demonstrar também, com testemunhos muito concretos, o resultado que isso dá e que as empresas prosperam”.
Entrevista a João Pedro Tavares
Em entrevista à Renascença, por ocasião do Congres(...)
A espuma dos dias e o “ruído” político à volta “impacta” os empresários “de uma forma muito forte, impacta sobretudo com a sociedade, nós vivemos num mundo ansioso, vivemos num mundo que sente que está tudo descontrolado, que sente que faltam pontos de referência concretos”, explica a gestora.
“É preciso trazer, novamente, aquilo que é o essencial, aquilo que é a capacidade que cada um de nós tem para desenvolver projetos, com muito espírito e de comunidade e de equipa”, conclui Patrícia Liz.
A presidente da ACEGE promete cumprir os três anos de mandato com “muito espírito de missão, com responsabilidade, com entrega”. Patrícia Liz diz ter consciência que a associação atingiu “uma dimensão que influencia e que inspira”.
Patrícia Liz quer perceber como a ACEGE pode ser o “porto seguro para muitos que se sentem um pouco perdidos com todo o ruído, toda a complexidade que vivemos também, não só no mundo empresarial, mas na sociedade” e quer a associação a servir de “farol”.
Questionada se a ACEGE, sendo uma associação cristã, tem um discurso em contracorrente ao mundo empresarial, a gestora diz que já sentiu “mais”. “Muitas empresas olham com muita responsabilidade para as suas pessoas, para aquilo que é o bem-estar no trabalho, para aquilo que é prosperar e fazer prosperar as pessoas, responsabilizar cada um”, justifica Patrícia Liz.
No congresso da ACEGE falou-se muito de “esperança”, de “felicidade”, de “otimismo” e Patrícia Liz segue essa linha, falando da “necessidade de olhar o humanismo nas empresas, de sermos mais carinhosos, mais amorosos no nosso processo de gestão”.
A gestora não esquece os efeitos do trabalho na saúde mental. “É algo que está muito presente” e “sabe” que é preciso “combater o stress, combater os ‘burnouts’. Otimista, Patrícia Liz diz que o meio empresarial está “com melhor visão”, está “mais virada para esse lado, e não tanto para o lucro, só pelo lucro”.
CONGRESSO DA ACEGE
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