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CONGRESSO DA ACEGE

Presidente da CIP quer ousadia dos empresários: “Será melhor sermos uma águia ou uma galinha?”

29 mar, 2025 - 14:59 • Susana Madureira Martins

No Congresso da ACEGE, Armindo Monteiro alerta que “podemos ser céu e inferno na vida dos outros”.

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“A esperança não pode ser uma fezada, não é uma palavra vã”. Nesta frase, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, resume o apelo que faz aos gestores e empresários para construírem a esperança e ousar, no sentido de arriscar, com a liberdade de opção que é dada pelo caminho.

Na intervenção deste sábado no Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), o presidente da CIP referiu que “só nos resta a esperança” quando se fala do meio empresarial e não só.

“Precisamos de ver luz ao fundo do túnel no futuro”, referiu Armindo Monteiro concluindo sobre a necessidade de se olhar o futuro com “o sentimento de liberdade e de opções”, concluindo: “Temos opções.”

Logo a seguir. Armindo Monteiro colocou a questão à plateia que enchia uma das salas do Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira: “Será melhor sermos uma aguia ou uma galinha?”

“A galinha tem ração de farelo todos os dias garantida. Mas não é livre e sabemos o que a espera. A águia por definição ousa voar mais alto, ousa viver. Essa vida que nos é dada optar só pode ser feita com esperança, não pode ser feita de outra maneira. A aguia ousa voar mais alto”, concluiu o empresário.

Para tomar opções, porém, é preciso ter uma rede. “Temos de ver a luz ao fundo do túnel. A esperança não é uma meta, mas um caminho, não é um otimismo”, disse o presidente da CIP, para concluir: “A esperança não pode ser uma fezada, não é uma palavra vã.”

Ter esperança, optar e ter “responsabilidade perante os outros”, apela Armindo Monteiro, porque “podemos ser céu e inferno na vida dos outros”. As opções que se tomam impactam nos outros.

“Quando a esperança é tudo o que temos a primeira questão é perceber e definir bem o nosso objetivo. O segundo é quais as variáveis que impactam esse objetivo. Terceiro, que variáveis controlamos e quais não controlamos? A variável mesmo importante, muitas vezes é a que podemos controlar”, conclui Armindo Monteiro.

O último apelo do presidente da CIP é que se “abandone a vida de Zeca Pagodinho”, numa referência ao músico brasileiro que tem uma canção intitulada “Deixa a vida me levar”. Para Armindo Monteiro “Não pode ser a vida a levar, em que qualquer caminho serve”, alerta, acrescentando que “o otimismo é ótimo, mas pode ser uma armadilha”

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