01 abr, 2025 - 16:26 • Ana Fernandes Silva
"O mais importante é renovar o parque automóvel do país". Esta é a convicção do secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP). Em causa estão as alterações aos requisitos das candidaturas aos apoios do Estado para a compra de carros elétricos.
O incentivo só é aplicado se o carro para abate tiver, obrigatoriamente, mais de dez anos de existência. Mas, se antes era obrigatório um período de permanência superior a um ano, agora, escreve o Jornal de Negócios, esta terça-feira, o condutor pode ser proprietário do veículo há menos de 24 horas.
Em declarações à Renascença, Hélder Barata Pedro considera que a alteração não belisca o principal objetivo da medida, que é diminuir os carros a combustão em Portugal.
O secretário-geral da ACAP aponta apenas uma falha ao incentivo: é preciso aumentar o número de carros ao abrigo da medida.
"O incentivo só dá cerca de 1.400 carros, quando nós temos 7 milhões, assim não vamos a lado nenhum a renovar o parque automóvel", adverte.
Os condutores particulares vão poder usufruir de um incentivo de quatro mil euros no momento da compra de um automóvel elétrico novo até 38 mil euros ou 55 mil, neste caso, para carros com mais de cinco lugares.