22 abr, 2025 - 21:44 • Sandra Afonso
Desde o início de abril que os certificados de aforro deixaram de render o juro máximo. Para aproveitar ainda as antigas condições, muitos investiram em março neste produto de poupança do Estado.
Contas feitas, as famílias colocaram mais 726 milhões de euros nesta aplicação, o maior aumento desde maio de 2023.
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Ainda segundo o Banco de Portugal, pela primeira vez, o dinheiro aplicado em certificados de aforro ultrapassa os 36 mil milhões, na atual série, que arrancou em dezembro de 1998.
Há ainda um novo recorde de subscrições de certificados de aforro na app dos CTT, onde ultrapassaram os 16 milhões de euros, acima dos 12 milhões de euros registados em fevereiro.
A 7 de outubro entraram em vigor novas regras para os certificados de aforro, que alargaram o limite máximo que cada aforrador pode investir.
A série F de certificados de aforro, em comercialização desde junho de 2024, tinha até ao outubro um limite máximo de 50 mil euros por aforrador. Este limite passou para o dobro, 100 mil euros. Por outro lado, o limite conjunto dos certificados da série E e da F, passou de 250 mil euros para 350 mil euros.
Não foram apresentadas alterações para os juros, que podem chegar aos 2,5%, nem para os prémios de permanência.
O interesse dos aforradores nos certificados de aforro tem-se mantido desde outubro. Há seis meses consecutivos que as subscrições registam recordes.
Os certificados do Tesouro, que já foram um refúgio para as poupanças das famílias, continuam agora a perder investidores.
O dinheiro aplicado voltou a recuar em março, uma descida de 153 milhões, para pouco mais de 9 mil milhões de euros.
No total, os dois produtos de poupança do Estado, certificados de aforro e do tesouro, reuniam em março 45.772 milhões de euros. Ou seja, o crescimento dos certificados de aforro continua a compensar as perdas com os certificados do tesouro.