23 out, 2015 - 13:58
O homem mascarado e armado com uma espada que, na quinta-feira, matou uma professora e um estudante e feriu outros dois, na Suécia, escolheu as vítimas, todos com antepassados ligados à imigração, pela cor da pele.
Segundo a Reuters, este ataque incendeia os medos de que a grande afluência de refugiados no país venha a polarizar a sociedade sueca.
O atacante, de 21 anos, esfaqueou as vítimas antes de ser morto pela polícia, em Trollhattan, uma cidade industrial com cerca de 50 mil habitantes.
As imagens das câmaras de videovigilância mostram o assassino a andar pelos corredores e a falar com estudantes de pele clara, revelou a polícia.
O ministro da Administração Interna, Anders Ygeman, diz que o número recorde de refugiados que chegou ao país está a despertar o racismo numa pequena facção da sociedade sueca.
"Temos de nos questionar sobre como é que a nossa sociedade se está a desenvolver e como podemos mobilizar todas as forças contra o racismo e a violência”, disse o governante.
Este ano, podem chegar à Suécia 190 mil refugiados, anunciou o Executivo sueco. O Governo e a oposição acordaram esta sexta-feira para restringir as políticas de imigração da Suécia, preocupados com o facto de o país estar a ultrapassar os limites financeiros disponíveis para a construção de novos abrigos para os refugiados.