15 mar, 2016 - 09:03
Anders Breivik, autor do massacre que fez 77 mortes na Noruega, em 2011, fez uma saudação nazi no início do processo contra o Estado, que acusa de “tratamento desumano e degradante” na prisão.
Depois de ter entrado no ginásio da prisão de Skien, no sul da Noruega, transformado para a ocasião, o radical de extrema-direita voltou-se para os jornalistas e estendeu o braço direito em silêncio.
Breivik compara as condições em que vive com "tortura". Segundo o advogado,
o seu cliente tem estado "muito stressado devido ao seu isolamento".
Desde que foi condenado a 21 anos de prisão - prorrogáveis de forma indefinida - em 2012, Breivik, de 37 anos, tem estado num estabelecimento de segurança máxima. Primeiro, na prisão de Ila, a oeste de Oslo, e agora em Skien, ao sul da capital.
As autoridades dizem que a sua correspondência é censurada para evitar que crie uma "rede extremista". Quem o visita são sobretudo profissionais de saúde.
Em Setembro do ano passado, Breivik ameaçou fazer uma greve de fome, como protesto. Diz que as "condições hostis" em que vive forçaram-no a desistir de um curso de Ciência Política na Universidade de Oslo.
A sua cela tem uma televisão e um computador, mas sem acesso à Internet.
A 12 de Julho de 2011, o norueguês fez explodir uma bomba perto de um edifício público, matando oito pessoas. Seguiu depois para a ilha de Utoya, onde decorria um encontro de jovens trabalhistas e matou a tiro 69 pessoas.