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Crise na Venezuela. Protesto por falta de alimentos faz três mortos

15 jun, 2016 - 07:30

País tem a mais alta taxa de inflação do mundo, enfrenta uma escassez de produtos nos supermercados e nas farmácias e uma crise energética.

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Três pessoas morreram na cidade venezuelana de Cumaná durante protestos pela falta de alimentos e outros produtos básicos, havendo ainda relatos de dezenas de lojas saqueadas, incluindo pelo menos duas de portugueses.

"Reportam-me três falecidos em Cumaná. A cidade está desolada e destruída por saques por comida", disse aos jornalistas o deputado e economista José Guerra.

Residentes na localidade dão conta de que pelo menos 15 estabelecimentos comerciais foram saqueados, entre eles quatro supermercados, três padarias, dois talhos e uma farmácia.

Há também relatos de que se ouviram tiros durante as pilhagens em Cumaná, 410 quilómetros a leste de Caracas.

A situação foi controlada pela Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) que montou pontos de controlo e colocou tanques em vários pontos da cidade.

Em La Vega, na zona oeste de Caracas, capital do país, a Polícia Nacional Bolivariana ordenou o encerramento de dezenas estabelecimentos comerciais, para evitar pilhagens e situações de violência.

Segundo fontes da comunidade portuguesa local, a ordem surgiu depois que um grupo de motociclistas ter tentado saquear um supermercado da zona.

"Ouviram-se tiros contínuos dos confrontos entre a polícia e saqueadores. A situação ficou muito tensa e tínhamos medo do que podia acontecer", explicou uma portuguesa à agência Lusa.

Ainda na capital, dezenas de pessoas bloquearam a Avenida Sucre de Cátia (centro), enquanto em los Valles del Tuy (40 quilómetros a sudoeste da cidade) grupos de manifestantes cortaram a estrada principal, impedindo durante várias horas os acessos a Caracas.

Por outro lado, em Barquisimeto (380 quilómetros a oeste da capital), dezenas de pessoas saquearam um camião que transportava farinha de milho.

São cada vez mais frequentes as queixas de venezuelanos pela dificuldade em conseguir produtos básicos, que quando chegam aos supermercados são vendidos sem sequer serem colocados nas prateleiras.

No país enfrenta crise eergética e tem uma inflação que ronda os 200%.

Comentários
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  • José Saraiva
    15 jun, 2016 Viseu 10:54
    são menos 3 á passar fome....e sobra mais para outros...

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