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Estado brasileiro recebe 1.200 militares para combater onda de violência

01 ago, 2016 - 21:52

Rio Grande do Norte assolado por vaga de ataques contra veículos e edifícios públicos, que estará a ser liderado por um grupo de criminosos.

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O governo do Rio Grande do Norte confirmou esta segunda-feira que mil efectivos do exército e 200 fuzileiros navais vão ser enviados para ajudar a combater a onda de violência que se regista naquele Estado brasileiro desde sexta-feira.

"Houve um entendimento [do Governo federal] da nossa situação, a despeito do grande esforço de garantir a segurança dos Jogos Olímpicos com o efectivo das Forças Armadas e da Força Nacional", disse o secretário de Segurança Pública do Estado, Ronaldo Lundgren, à Rádio Nacional de Brasília.

A previsão é que os militares cheguem ainda esta semana.

O envio de efectivos do Exército foi autorizado no domingo pelo Presidente interino, Michel Temer, em resposta a um pedido do governador do Estado, Robinson Faria.

Segundo a Secretaria de Segurança e Defesa Social do Rio Grande do Norte, 60 pessoas já foram detidas, incluindo um traficante apontado como um dos chefes do grupo apontado como articulador da onda de ataques a veículos e a edifícios públicos.

O governo local atribuiu os ataques a uma retaliação à instalação de bloqueadores de sinal de telemóvel na Prisão Estadual de Parnamirim, em Natal, capital daquele Estado do nordeste do país.

O secretário referiu que cerca de 40 veículos, desde autocarros a veículos oficiais, foram incendiados em todo o Estado.

"Temos um dado levantado pelo sector do transporte urbano de prejuízo de cerca de 2 mil milhões de reais (548 milhões de euros) em autocarros incendiados. Nas repartições públicas, os danos foram pequenos. Embora tenha um simbolismo importante, não temos ainda dados contabilizados", disse.

Os autocarros, que deixaram de funcionar no sábado à noite, voltaram hoje de manhã às estradas com reforço policial.

Ronaldo Lundgren pediu à população do Rio Grande do Norte que mantenha a rotina diária, apesar de se sentir "assustada".

Quanto a ameaças que circulam nas redes sociais, supostamente enviadas por presos insatisfeitos com a instalação dos equipamentos, o governo estadual informou, em nota, que "mantém o plano de contingência, preventivo e repressivo, para evitar que [as ameaças] se venham a concretizar".

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