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​Trump remodela equipa pela segunda vez em dois meses

17 ago, 2016 - 21:16

Mudanças surgem poucos dias depois de Paul Manafort, actual chefe da campanha de Trump, ter sido acusado de estar envolvido num processo de corrupção na Ucrânia.

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O candidato republicano nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira uma remodelação da sua equipa de campanha, a segunda em dois meses.

Um dos novos reforços é Stephen Bannon, director do portal de notícias conservador Breibart News LLC, que assume o cargo de director executivo da campanha do candidato milionário.

A entrada de Bannon - um defensor do estilo populista de Trump e um crítico de alguns líderes republicanos nomeadamente do presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan - tem como objetivo "reforçar a estratégia na vertente empresarial" do candidato presidencial do Partido Republicano, segundo um comunicado divulgado pela campanha.

Kellyanne Conway, até agora assessora e analista de sondagens na campanha de Trump e do candidato à vice-presidência Mike Pence, passa a ser a responsável pela gestão da campanha.

Conway já trabalhou nas campanhas de vários republicanos, como foi o caso do senador e ex-candidato presidencial nas primárias republicanas Ted Cruz, do ex-presidente da Câmara dos Representantes Newt Gingrich e do próprio Pence, governador do Estado do Indiana.

Estas mudanças surgem poucos dias depois de Paul Manafort, actual chefe da campanha de Trump, ter sido acusado de estar envolvido num processo de corrupção na Ucrânia.

A imprensa norte-americana noticiou que Paul Manafort terá recebido durante seis anos quase 13 milhões de dólares (11,5 milhões de euros) de um partido pró-russo na Ucrânia.

Os 'media' americanos também avançaram que, entre as transacções ilícitas em investigação, existe um acordo avaliado em 18 milhões de dólares (cerca de 15,9 milhões de euros) para a venda dos ativos de um canal por cabo a um consórcio montado por Manafort e o oligarca russo Oleg Deripaska, aliado do Presidente russo Vladimir Putin.

Segundo divulgou hoje a agência France Presse, Paul Manafort, de 67 anos, também tem sido um "estratega" e um lobista a favor de financiamentos norte-americanos de grupos políticos e de ditadores em todo o mundo durante as últimas décadas.

Alguns desses financiamentos foram destinados ao antigo regime de Ferdinando Marcos, nas Filipinas, ao antigo governo ditatorial da Somália, ao executivo das Bahamas, ligado ao tráfico de droga, ao ex-ditador do Zaire Mobutu Sese Seko, e também à UNITA, movimento angolano de Jonas Savimbi, durante a guerra civil em Angola (1975-2002).

Manafort, que foi contratado em março para a equipa de Trump, vai permanecer no cargo, mas com as novas nomeações deverá perder influência.

Em meados de junho, Trump já tinha agitado a estrutura da sua equipa, ao despedir Corey Lewandowski, o então gestor de campanha.

Na altura, os 'media' norte-americanos indicaram que a situação tinha sido provocada por um conflito entre Lewandowski -- cujo lema era "deixem o Trump ser Trump" - e o chefe de estratégia Paul Manafort.

A analista Kellyanne Conway já esteve envolvida em várias primárias, mas nunca foi gestora de uma campanha a nível nacional. Segundo a comunicação social norte-americana, é uma pessoa próxima de Ivanka Trump, uma das filhas do magnata do imobiliário.

Por sua vez, Stephen Bannon não tem qualquer experiência em campanhas políticas, mas é apresentado como uma pessoa com uma atitude combativa, similar ao ex-gestor de campanha Lewandowski.

A campanha de Trump anunciou hoje igualmente que vai apresentar na sexta-feira os primeiros anúncios de televisão, que serão emitidos nos Estados da Florida, Ohio, Carolina do Norte e Pensilvânia, ou seja, nos chamados "swing states", Estados que não têm uma tendência de voto definida e que podem decidir uma eleição.

Estas mudanças acontecem a menos de três meses das eleições presidenciais de 08 de novembro e estão a ser interpretadas como uma resposta de Trump à queda da sua candidatura nas sondagens de intenções de voto, tanto a nível nacional como em vários Estados-chave, mas também às várias polémicas que têm marcado as últimas semanas de campanha.

Comentários
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  • Luis
    18 ago, 2016 Braga 10:23
    O que não tem remédio remediado está. O mundo precisa de moderar-se, senão um dia qualquer vai sofrer algum enfarto de vadios ou incendiários para fazer parte do seu governo de Yankes. Não sei é se o Tramp chegará já a tempo para impedir o mundo dominado pelos varões da droga. Malditos Yankes que destruíram o mundo por causa da droga.
  • Francisco Rodrigues
    18 ago, 2016 Algés 01:48
    Se a comunicação social fosse objetiva, isenta e imparcial...falaria num assunto muito mais grave que diz respeito a.......HILARY (sumo da incompetência tal como Obama). OS PAIS DE DOIS AMERICANOS ASSASSINADOS NA LÍBIA POR CARNICEIROS ISLÂMICOS ACUSAM EM TRIBUNAL HILARY CLINTON, então responsável pela política externa de Obama, DE SER CULPADA DESSAS MORTES POR INCOMPETÊNCIA NEGLIGÊNCIA INCÚRIA. todos sabemos que as grandes TVs EUA ( NBC, CBS, ABC, CNN -;tb chamada CLINTON NEWS NETWORK) andam com os candidatos democratas ao colo.....foi assim que um inexperiente, ignorante, dandy super enterteiner em palco OBAMA ganhou as eleições, para desgraça das vítimas das vítimas das atrocidades do estado islâmico do caos na Síria do povo do Tibete.. dos presos políticos em Cuba....enfim das futuras vítimas dos assassinos ayatollahs do irão... E o colinho continua para satisfação dos CARNICEIROS deste mundo
  • Miguel Botelho
    17 ago, 2016 Lisboa 23:27
    Por estranho que pareça, a Renascença imita a comunicação social americana do chamado «mainstream». Apenas transmite notícias embaraçosas e difíceis sobre Donald Trump. Nada é dito ou descrito sobre Hillary Clinton, nem sobre o relatório médico que lhe dá demência.
  • joao almeida
    17 ago, 2016 portugal 23:03
    Cada vez tem mais dificuldade em encontrar palermas que acreditem neste TIPO PERIGOSO demagogo

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