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​Ferrero investiga trabalho infantil no fabrico de “Kinder Surpresa”

23 nov, 2016 - 19:28

Família romena contou a um jornal que recebe cerca de 4,4 euros por cada mil brindes que entrega na fábrica.

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A empresa italiana Ferrero está a investigar as alegações de que crianças romenas, a partir dos seis anos, estão a trabalhar no fabrico de brinquedos dos ovos de chocolate Kinder.

O jornal britânico “The Sun” avançou esta semana que famílias romenas pobres produzem em casa os pequenos brinquedos, um trabalho de muitas horas em troca de pouco dinheiro.

O tablóide entrevistou uma família de cinco pessoas, com três filhos entre os seis e os 11 anos, em que todos trabalham no fabrico dos brindes, através de uma empresa romena.

Contam que recebem cerca de 4,4 euros por cada mil brinquedos que entregam a uma fábrica na cidade de Carei, no nordeste da Roménia.

A família revela que os materiais são fornecidos pela empresa Romexa SA, um dos fornecedores da Ferrero.

“Estamos consternados e profundamente preocupados com as alegações de práticas inaceitáveis na Roménia. Lançámos, de imediato, uma investigação com carácter urgente”, diz a Ferrero, em comunicado.

A empresa italiana sublinha que o seu código de conduta proíbe expressamente o trabalho infantil e que todos os fornecedores são sujeitos a inspecções regulares independentes.

O Ministério Público romeno também está a analisar o caso.

“Este é o primeiro caso de que tenho conhecimento, mas vou descobrir quem são os responsáveis e as fábricas envolvidas vão perder os contratos se isto for verdade”, disse um responsável da Romexa SA ao jornal “The Sun”.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo, cerca de 168 milhões de crianças trabalham para fornecedores de grandes cadeias internacionais.

Comentários
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  • Rodrigo
    24 nov, 2016 porto 16:21
    é como pedir ao criminoso para investigar o seu proprio crime...
  • tugatento
    23 nov, 2016 Amarante 22:19
    Se a Ferrero quer lavar a cara deste escândalo, é retirar todos os contratos a estas fabricas,
  • Zé Nabo
    23 nov, 2016 Porto 22:09
    Chama-lhe "Ambrósio"...!

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