26 dez, 2016 - 11:13
É um dos maiores desastres naturais dos últimos 100 anos. O tsunami de 2004 fez cerca de 230 mil mortos, 1,5 milhões de desalojados e oito mil milhões de euros de prejuízos. Doze anos depois continuam por identificar 400 vítimas.
No dia 26 de Dezembro, um sismo 9,1 graus provocou ondas com mais de 30 metros que avançaram 12 quilómetros terra adentro, provocando mortos em mais de uma dezena de países. Os mais afectados foram a Tailândia, Indonésia, Índia e Sri Lanka.
Muitas as vítimas eram turistas que passavam férias na zona costeira do Índico. Desde 2004 que as autoridades procuram devolver os restos mortais aos familiares: cerca de cinco mil famílias foram já contactadas, mas 400 corpos continuam por identificar.
Doze anos depois da tragédia, o turismo nos países afectados, sobretudo na Tailândia, regressou ao normal. Muitas das infra-estruturas destruídas na altura estão recuperadas e este ano o país deve bater um recorde, recebendo 32,4 milhões de turistas.
Há, no entanto, muitas vozes críticas que consideram que o sistema de alerta de tsunami continua inadequado, em parte por falta de manutenção. O governo garante, no entanto, que tudo está em perfeitas condições.
A energia total libertada pelas ondas do tsunami foi equivalente a mais do dobro do total de explosivos usados na II Guerra Mundial, incluindo as duas bombas atómicas.
Zona de Aceh foi a mais afectada
Aquele que é considerado um dos desastres naturais mais mortais da história foi precedido de um terramoto com epicentro no mar, a 30 quilómetros de profundidade e a cerca de 160 quilómetros a oeste da ilha indonésia da Samatra.
A província indonésia de Aceh foi a mais afectada, contando ali mais de 127 mil mortos, 93 mil desaparecidos, 635 mil desalojados e uma área de destruição equivalente a 45 campos de futebol.
O abalo ocorreu numa zona de convergência de placas tectónicas. A placa da Índia mergulhou por baixo da placa da Birmânia, um deslocamento de cerca de 15 metros –um valor elevado comparado com a velocidade normal do movimento das placas oceânicas, cerca de um milímetro por ano.
Na lista dos tsunamis mais mortais da história destaca-se como o pior registado no Oceano Atlântico o de 1755, que, juntamente com os incêndios que lhe seguiram, fez pelo menos dez mil mortos e destruiu grande parte de Lisboa.