14 abr, 2017 - 16:01
O presidente do Brasil, Michel Temer, está a ser envolvido, pelas investigações do mega processo Lava Jato, numa gigantesca rede de corrupção.
Em 2010, durante uma campanha eleitoral, Temer participou numa reunião em que supostamente terá sido acertado o pagamento de quase 38 milhões de euros pela Odebrecht ao seu partido, o PMDB.
A denúncia chegou agora aos investigadores do processo Lava Jato, e já foi desmentida pelo presidente brasileiro.
Michel Temer gravou um vídeo onde garante que na reunião em causa não ouviu qualquer referência a dinheiro, ou a negócios escuros.
"É facto que participei numa reunião em 2010 com um representante de uma das maiores empresas do país. A mentira é que nessa reunião eu teria ouvido referência a valores financeiros ou a negócios escusos da empresa com políticos. Isso jamais aconteceu. Nem nessa reunião nem em qualquer outra em que eu tenha feito ao longo de minha vida pública com qualquer pessoa física ou jurídica. Jamais colocaria a minha biografia em risco", afirmou o presidente no vídeo divulgar nesta quinta.
Apesar das suspeitas agora conhecidas, o procurador-geral da república não pediu a abertura de qualquer inquérito porque, segundo a Constituição brasileira, um presidente em exercício não pode ser responsabilizado por actos estranhos às suas funções.