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​Polícia brasileira prende assessor especial do Presidente Temer

24 mai, 2017 - 02:34

Em causa está um esquema de corrupção a envolver a remodelação do estádio de Brasília, que recebeu jogos do Mundial de Futebol de 2014. Obras custaram mais 245 milhões de euros do que era suposto.

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A polícia federal brasileira (PF) cumpriu esta terça-feira os mandados de prisão temporária do assessor especial da Presidência da República, Tadeu Filippelli, e dos ex-governadores do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz.

De acordo com o portal de notícias G1, cerca de 80 polícias, divididos em 16 equipas, deram cumprimento a 10 mandados de prisão temporária, três de detenção coerciva e 15 mandados de busca e apreensão.

As medidas judiciais partiram da 10ª Vara da Justiça do Distrito Federal e as acções ocorrem em Brasília.

Além dos políticos, a operação tem como alvo agentes públicos, construtoras e pessoas que intermediaram subornos para a remodelação do estádio de Brasília, que recebeu jogos do Mundial de Futebol.

Tadeu Filippelli também já foi vice-governador do Distrito Federal, entre 2011 e 2014, no mandato de Agnelo Queiroz.

A operação policial é baseada na delação premiada (cedência de informações comprometedoras sobre terceiros em troca de uma redução de pena) de executivos da construtora Andrade Gutierrez sobre um esquema de corrupção nas obras do estádio de futebol Mané Garrincha, em Brasília, para o Mundial de Futebol de 2014.

A Polícia Federal diz que a remodelação do estádio pode ter sido sobrefacturada em cerca de 900 milhões de reais (245 milhões de euros), visto que estava orçada em 600 milhões de reais (164 milhões de euros) mas custou 1,5 mil milhões de reais (430 milhões de euros).

O Mané Garrincha não recebeu financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), mas da Terracap, empresa do Governo do Distrito Federal que não tinha este tipo de operação prevista entre as suas actividades.

Agnelo, que foi governador do DF de 2011 a 2014, já foi condenado a ficar afastado da vida política (inelegível) por oito anos em 2016, por utilizar meios públicos em campanha política.

O advogado de José Roberto Arruda (governador entre 2007 a 2010), Paulo Emílio, afirmou ao portal G1 que ainda está "a tomar conhecimento das circunstâncias", mas que vai tentar revogar o mandado prisão.

O G1 tentou contacto com o advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, mas não obteve respostas. A defesa do ex-vice governador Tadeu Filippelli, afirmou que "preferia não se pronunciar por enquanto".

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