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Brasil. Temer oficialmente arguido

28 set, 2017 - 00:13

Líder brasileiro está a ser acusado da prática dos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa.

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O Presidente brasileiro, Michel Temer, foi oficialmente constituído arguido numa denúncia em que é acusado da prática dos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em Setembro passado.

A notificação foi entregue pelo deputado Fernando Giacobo, secretário da Câmara dos deputados (câmara baixa parlamentar), que disse aos jornalistas que cumpriu essa tarefa "com tristeza, pelo momento que atravessa o Brasil, com todo um mar de corrupção".

Fernando Giacobo também cumpriu a mesma missão ao notificar os ministros da Presidência, Eliseu Padilha, e a secretária-geral, Wellington Moreira Franco, incluídos na mesma denúncia em que o órgão de Justiça brasileiro acusa Michel Temer.

O Presidente já passou por uma situação semelhante em 29 de Junho, quando foi notificado pela câmara baixa do pedido de abertura do processo de corrupção passiva apresentado contra ele pela PGR.

Nesse primeiro caso, porém, as acusações foram rejeitadas numa votação no plenário da câmara baixa.

Como aconteceu com a primeira queixa, o processo tramitará agora na Comissão de Constituição e Justiça da câmara baixa, que analisará o caso em quinze sessões e preparará um relatório que será enviado ao plenário desse órgão legislativo.

Depois, os deputados decidem, numa votação no plenário, se autorizarão ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a possível abertura de um julgamento criminal contra Michel Temer.

Nos bastidores do Congresso brasileiro, a possibilidade de Michel Temer ser processado é considerada quase impossível, já que a oposição minoritária não conseguirá atingir os votos necessários para dar andamento a esta denúncia.

Se assim for, como aconteceu com a primeira acusação de corrupção passiva, o caso só poderá ser retomado pelos tribunais brasileiros quando Michel Temer deixar o cargo de Presidente.

Comentários
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  • lampião
    28 set, 2017 olivais 16:41
    Quem com ferros mata, com ferros morre ! A estória repete-se.
  • rfm
    28 set, 2017 COIMBRA 09:43
    ... de fato, destituir (golpe) um presidente eleito, no caso Dilma, com infundadas suspeições que, nem acusação passaram (o objetivo era deitar a baixo, a colocar a agenda ultraliberal ao de cima -cujo representante -... Neves não conseguiu ganhar eleição -, e nunca fazer justiça). Agora numa situação destas, bem pior, onde estão as manifestações ? as indignações ? Calcula que o objetivo de (NÃO) fazer justiça que continua e concentra-se no impedimento do provável vencedor das próximas eleições de concorrer a elas !?
  • Horacio
    28 set, 2017 Lisboa 04:03
    A podridão do sistema político no Brasil é fascinante .como se roubava tanto a plena luz do dia e ninguém fez nada. Se existe um país onde o povo e o principal culpado por a sua situação esse país e o Brasil . É só ver as entrevistas do político que mais votos consegui-o historicamente na campanha para deputado o célebre Tiririca .o palhaço literalmente .colocar um analfabeto destes para decidir questões sérias e uma verdadeira piada. O slogan era" vote no tiririca porque pior não fica". os brasileiros acharam engraçado. E votaram em massa .e ficou pior .mas este tipo de coisa já é uma tradição brasileira .ao Tiririca se juntaram o Romário e o Jardel o velho jogador do Porto e sporting (que foi afastado do cargo supostamente por corrupção ). Como explicar por exemplo o caso do ex presidente Fernando Collor de Melo que depois de ser retirado da presidência por corrupção se elegeu para o senado. Ou o caso do Lula que apesar de tudo que se tem descoberto e o favorito para vencer as próximas eleições. Obviamente o povo brasileiro e masoquista. Gosta de apanhar . Existe aquele ditado errar é humano repetir o erro é estupidez. Se não começarem a levar a política a sério o Brasil vai continuar a ser o país do futuro, onde o futuro nunca chega.

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