26 ago, 2018 - 01:32
Morreu este sábado o senador republicano John McCain, aos 81 anos. Numa declaração emitida pelo seu gabinete informa-se que, quando faleceu, o senador “tinha ao seu lado a mulher Cindy e a sua família”. A nota acrescenta que ele “serviu os Estados Unidos da América fielmente durante 60 anos”.
Na véspera, a família do político norte-americano tinha anunciado que McCain não iria continuar a fazer os tratamentos ao cancro no cérebro. O antigo candidato à presidência dos Estados Unidos, de 81 anos, soube que tinha um tumor cerebral no verão do ano passado e tinha vindo a fazer tratamentos desde então. Foi submetido a uma cirurgia em Abril, na sequência de uma infeção intestinal.
John McCain deixou Washington para estar com a família no Arizona, mas continuou a ser uma voz importante, sobretudo, nas críticas ao Presidente Donald Trump.
Candidatou-se pelo Partido Republicano às eleições presidenciais de 2008, mas acabou por ser derrotado pelo democrata Barack Obama.
Em 2017, poucos dias depois de ter sabido o diagnóstico de cancro, o republicano fez
questão de marcar presença no Senado para votar contra o fim da reforma de
cuidados de saúde iniciada por Barack Obama. “Não somos subordinados do
Presidente; somos iguais a ele”, afirmou então, dirigindo-se
sobretudo aos seus colegas do Partido Republicano.
O Presidente norte-americano já expressou, no Twitter, as suas "sentidas condolências" à família do senador.
My deepest sympathies and respect go out to the family of Senator John McCain. Our hearts and prayers are with you!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 26, 2018
Também o secretário da Defesa James Mattis reagiu entretanto à morte de MacCain, afirmando que “perdemos um homem que firmemente representou os melhores ideais do nosso país”.
O ex-Presidente Barack Obama sublinhou que ambos partilhavam “uma fidelidade aos ideais pelos quais gerações de americanos e imigrantes lutaram, marcharam e se sacrificaram”.
“Poucos de nós fomos testados da forma como o John foi um dia, nem tivemos de mostrar o tipo de coragem que ele demonstrou. Mas todos nós podemos aspirar à coragem de colocar o bem maior acima do nosso próprio bem. O John mostrou-nos o que isso significa e por isso estamos todos em dívida para com ele”, afirmou Obama.