10 jun, 2020 - 09:56 • Redação
O misterioso caso da morte de Olof Palme parece ter chegado a um desfecho, 34 anos depois de ter acontecido. Esta quarta-feira de manhã, o procurador sueco Krister Petersson identificou Stig Engstrom como o assassino do antigo primeiro-ministro da Suécia.
O anúncio foi feito em conferência de imprensa. “A pessoa é Stig Engstrom. Porque já morreu, não posso acusá-lo e decidi fechar a investigação”.
Mais de 100 pessoas foram consideradas suspeitas do crime e o caso não resolvido foi rodeado por teorias da conspiração, que vão desde o envolvimento estrangeiro, a pessoas com simpatias de direita dentro da polícia da Suécia até a um ato de um atirador solitário.
Stig Engstrom, que também era conhecido por “Skandia Man”, cometeu suicídio em 2000. Na altura do assassinato, Engstrom era funcionário na empresa de seguros Skandia e foi identificado como uma das 20 testemunhas que assistiu ao crime. Trabalhava perto do local do crime.
Segundo a BBC, Engstrom mentiu às autoridades suecas quando foi interrogado, tendo afirmado que tentou reanimar Palme depois do disparo ter ocorrido.
Olof Palme foi assassinado no dia 28 de fevereiro de 1986, aos 59 anos, em Estocolmo, depois de sair do cinema com a esposa. Na altura, o casal encontrava-se sozinho, não se fazendo acompanhar por guarda-costas.
Palme era uma figura extravagante, um político carismático e era conhecido pelas suas ideias de esquerda.
Foi primeiro-ministro da Suécia por duas vezes: entre 1969 e 1976 e, depois, entre 1982 e 1986. Pertencia ao Partido Operário Social-Democrata sueco e era um forte crítico do apartheid sul-africano.