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Islândia autoriza caça à baleia por mais cinco anos

06 dez, 2024 - 08:22 • Lusa

As associações ecologistas insurgiram-se face a esta decisão tomada por um governo que supostamente estava reduzido à gestão corrente.

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A Islândia autorizou esta sexta-feira dois dos seus baleeiros a prosseguir a caça à baleia nos próximos cinco anos, prática controversa em que só está acompanhada por Noruega e Japão.

A detenção no fim de julho, na Groenlândia, do defensor americano-canadiano das baleias Paul Watson pôs esta prática em destaque, que é objeto de uma moratória desde 1986, ma que é contestada por estes três Estados, que matam anualmente cerca de 1.200 baleias, segundo a Comissão Baleeira Internacional (CBI).

Na Islândia, a autorização permite a caça anual de 426 animais por época, de meados de junho a setembro, anunciou o governo, que está demissionário, depois de ter perdido as eleições legislativas no passado sábado.

"A gestão da utilização dos recursos marinhos vivos na Islândia está submetida a limites estritos", assegurou o Ministério da Pesca e Alimentação, em comunicado, quando a maior parte da população se opõe a esta prática.

No ano passado, o país tinha suspendido a caça à baleia durante dois meses, depois de um inquérito governamental que apurou que os métodos empregues desrespeitavam as leis sobre o bem-estar animal.

Em particular, apurou-se que os arpões explosivos utilizados pelos caçadores causavam aos animais agonias de várias horas.

As associações ecologistas insurgiram-se face a esta decisão tomada por um governo que supostamente estava reduzido à gestão corrente.

Durante muito dependente da pesca e da caça à baleia, a economia da ilha do Atlântico norte conta agora muito mais com a indústria turística, com as excursões de observação dos cetáceos gigantes a registarem muito sucesso.

Na Groenlândia, território autónomo dinamarquês, Paul Watson está em detenção provisória desde 21 de julho, à espera de uma decisão sobre a sua extradição para o Japão, ligada ao combate em defesa das baleias.

O Japão, que relançou um pedido de detenção, emitido em 2012, através da Interpol, acusa-o de ser corresponsável de estragos e ferimentos dentro de um navio baleeiro japonês dois anos antes, no quadro de uma campanha lançada pelo Sea Shepherd.

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