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Von der Leyen defende alargamento em vez da "porta aberta

18 dez, 2024 - 23:17 • Lusa

Na primeira cimeira de António Costa como presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen disse que a UE “precisa de se empenhar face a uma nova realidade”.

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A presidente da Comissão Europeia considerou esta quarta-feira que, com o arranque de um "novo ciclo político", é necessário incentivar os processos de adesão à União Europeia (UE), sendo insuficiente "deixar a porta aberta".

“Foi a primeira cimeira deste novo ciclo político […], nos últimos anos o processo de adesão ganhou vitalidade”, disse Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, em Bruxelas (Bélgica), no final da quinta cimeira entre a UE e os países dos Balcãs Ocidentais.

Na primeira cimeira de António Costa como presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen disse que a UE “precisa de se empenhar face a uma nova realidade”.

“Não é suficiente deixar apenas a porta aberta para os países que queiram entrar, precisamos de os aproximar de nós”, sustentou.

Para isso, a UE vai “trabalhar em duas prioridades: a primeira é a adesão e a outra é a integração gradual no mercado único”, completou a presidente do executivo comunitário.

Ursula von der Leyen considerou que houve “progressos impressionantes no último ano” no que diz respeito ao processo de adesão dos países dos Balcãs Ocidentais.

“O alargamento funciona, a História comprovou-o e, com cada vaga de adesão, a nossa União ficou mais forte”, advogou.

A presidente da Comissão Europeia alertou que a União Europeia “tem de se adaptar para acomodar uma família maior”, através de um “processo rigoroso”, baseado no mérito.

No entanto, “dada a situação geopolítica”, a UE “vai redobrar os esforços para apoiar” os países que querem integrar o bloco comunitário.

A primeira cimeira presidida pelo novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, juntou hoje em Bruxelas líderes da UE e dos Balcãs Ocidentais, que pretendem reforçar a parceria estratégica num contexto de tensões geopolíticas.

No cargo há cerca de duas semanas, o ex-primeiro-ministro português António Costa argumentou que esta cimeira surge num contexto geopolítico que “exige que seja dado um novo impulso ao trabalho da União com os países da região”.

Numa altura em que países da região se encontram à espera há vários anos para entrar no bloco comunitário, esta reunião de alto nível acontece um dia antes do também primeiro Conselho Europeu presidido por António Costa.

Os principais temas em debate são o reforço da integração entre a UE e os Balcãs Ocidentais através do plano de crescimento, o aprofundamento do compromisso político e estratégico em vários domínios, incluindo a política externa e de segurança, a construção de uma base económica para o futuro e atenuar o impacto da guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e a cooperação na gestão da migração e na luta contra a corrupção e a criminalidade organizada.

No final da cimeira, será divulgada uma posição comum entre UE e Balcãs Ocidentais, com o texto a ser negociado do lado comunitário e subscrito pelo outro bloco, dado que o Kosovo não é reconhecido por alguns países europeus.

Em 2013, a Croácia tornou-se o primeiro dos países dos Balcãs Ocidentais a aderir à UE, enquanto a Albânia, a Bósnia-Herzegovina, o Montenegro, a Macedónia do Norte e a Sérvia têm oficialmente o estatuto de países candidatos.

Comentários
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  • josé geraldes
    29 jan, 2025 leiria 18:44
    Não creio que esta seja uma boa estratégia para tirar a economia da UE da Dormencia, em que se encontra há mais de 5 anos !!! Só agora a presidente reconhece a ASFIXIA, das empresas, com IMPOSTOS INJUSTOS E EXORBITANTES ?! Só fala nas empresas, e o ZE CONTRIBUINTE, que está asfixiado até ás orelhas, como fica ? FAZ sentido que o ZÉ Contribuinte , com rendimentos Inferiores a 25.000,00 Mil Euros pague IRS, , e os politicos tenham uma vida Milionária em BRUXELAS a troco de NADA ??!!! Que DEMOCRACIA É ESTA, onde poucos ganham MUITISSIMO, e a grande maior, nem para ter uma casa digna GANHA ??!!! É esta a UE que a Presidente reserva para os Europeus, com uma economia ANÉMICA, altamente dependente do exterior, porque não soube ou não quiz, governar para os cidadãos, e preferiu servir os LOBYS ???!!!!

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