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Guterres aposta em mudanças feitas por ativistas e "heróis humanitários"

30 dez, 2024 - 12:07 • Lusa

O secretário-geral da ONU reconheceu que também sentiu esperança quando, "em setembro, os líderes mundiais se reuniram para aprovar o Pacto para o Futuro", um documento não vinculativo que abre a porta a uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, a uma reformulação da arquitetura financeira da instituição e a novas regulamentações para os avanços tecnológicos.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou hoje esperança nas mudanças impulsionadas por ativistas e "heróis humanitários" que enfrentam múltiplas crises globais, tensões geopolíticas e alterações climáticas.

Na sua mensagem de fim de ano, Guterres admitiu que em 2024 "foi difícil encontrar motivos de esperança", já que "há guerras a causar enormes dores, sofrimentos e deslocações, as desigualdades e divisões são omnipresentes, além de que [o mundo] suporta, há oficialmente uma década, um calor mortal".

No entanto, mesmo "nos dias mais sombrios", o ex-primeiro-ministro português viu esperança em "ativistas que levantaram as suas vozes para o progresso, em heróis humanitários que ajudaram pessoas vulneráveis, em países em desenvolvimento que lutaram pela justiça financeira e climática e nos cientistas que abriram novos caminhos para o benefício da humanidade".

O secretário-geral da ONU reconheceu que também sentiu esperança quando, "em setembro, os líderes mundiais se reuniram para aprovar o Pacto para o Futuro", um documento não vinculativo que abre a porta a uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, a uma reformulação da arquitetura financeira da instituição e a novas regulamentações para os avanços tecnológicos.

Este pacto, sublinhou, representa um novo impulso para consolidar a paz, reformar o sistema financeiro global, promover mais oportunidades para as mulheres e desenvolver tecnologia que dê prioridade às pessoas e não aos lucros".

No seu discurso, Guterres referiu-se à crise climática, afirmando que o mundo está a assistir a um "colapso climático em tempo real".

"Este caminho está condenado à ruína e devemos abandoná-lo o mais rapidamente possível", defendeu.

Assim, defendeu que os países levem o planeta para perspetivas "mais seguras", reduzindo as emissões e apoiando a transição para um futuro renovável.

O secretário-geral das Nações Unidas concluiu a sua mensagem apelando à unidade dos países para fazer de 2025 um "novo começo", não como "um planeta dividido, mas como nações unidas".

"Prometo ajudar aqueles que trabalham para construir um futuro mais pacífico, equitativo, estável e saudável para todas as pessoas", concluiu.

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