03 jan, 2025 - 20:27 • Vasco Bertrand Franco , com redação
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira que incentivou ao diálogo em Moçambique, após as eleições que resultaram numa onda de tumultos.
Questionado pelos jornalistas sobre a situação eleitoral no país africano, Marcelo Rebelo de Sousa diz que não sabe ainda se vai à tomada de posse do Presidente eleito, Daniel Chapo (Frelimo), e afirma que não tem dados sobre se os esforços diplomáticos portugueses e europeus estão a ter efeito.
“A minha posição é aquilo que é conhecido através de comunicado. Tomei devida nota dos resultados e incentivei ao diálogo”, afirmou o chefe de Estado.
O Presidente da República abordou também o encontro de quinta-feira com o presidente do Conselho Europeu, António Costa.
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Marcelo Rebelo de Sousa diz que António Costa tem uma tarefa complicada, uma vez que o mundo vive uma conjuntura complicada.
“A situação no mundo e na Europa já foi melhor do que é agora. E é uma tarefa difícil que ele tem pela frente e todos nós, Estados-membros [da União Europeia]. Temos de trabalhar em conjunto, mas temos muito muito trabalho para fazer.”
Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda questionado sobre o pedido de André Ventura em convocar uma reunião do Conselho de Estado sobre segurança. O Presidente explicou porque enviou uma carta aos conselheiros de Estado para se pronunciarem sobre o pedido do líder do Chega.
“Porque é um pedido formulado por escrito e acho que eles têm o direito a, se quiserem, a pronunciarem por escrito. Normalmente, os pedidos são formulados no próprio Conselho.”
Questionado se não é o Presidente da República que costuma convocar o Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa explica que os conselheiros podem sugerir verbalmente, no Conselho, reuniões para o futuro”.
“Quando é assim, discute-se à volta da mesa. Quando é por escrito, acho que era prudente antes das próximas reuniões do Conselho que os senhores conselheiros dizerem por escrito - se quiserem - o que pensam da ideia”.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à entrada para os Prémios Gazeta, que decorrem em Lisboa.