04 jan, 2025 - 15:28 • Lusa
O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita subiu para 45.717 e o de feridos para 108.856, anunciou este sábado o Ministério da Saúde daquele enclave controlado pelo movimento islâmico Hamas.
Segundo a tutela, citada pela agência de notícias espanhola Efe, os números reais de mortos e feridos são mais elevados do que os avançados, uma vez que estes não incluem os milhares de desaparecidos que permanecem sob os escombros e não podem ser resgatados devido à falta de maquinaria pesada, entre outras razões.
O balanço diário do Ministério da Saúde refere também que nas últimas 24 horas os bombardeamentos israelitas mataram pelo menos 59 pessoas e feriram 273.
O exército israelita tem, desde quinta-feira, bombardeado as diferentes zonas da Faixa de Gaza com uma intensidade crescente, mas com maior ênfase no norte.
Só no bairro de Shujaiya, na parte oriental da cidade de Gaza, 11 civis foram mortos depois de jatos israelitas terem bombardeado uma casa, informou a agência noticiosa oficial palestiniana, Wafa.
Os soldados israelitas fizeram também explodir edifícios residenciais no campo de Jabalia, no norte, e, no sul, cinco pessoas, incluindo pessoal de segurança e de empresas privadas, foram mortas num ataque a um veículo.
Israel aumentou o número de alvos contra a polícia e o pessoal de segurança do Hamas, que, na maioria dos casos, estão encarregados de guardar os camiões que transportam ajuda humanitária.
Também este sábado, o exército israelita confirmou que as suas tropas continuam a operar no norte da Faixa de Gaza e que, na última semana, destruíram um complexo na zona de Beit Hanoun, onde os comandantes do Hamas estavam "entrincheirados".
Em comunicado, a instituição afirmou que o complexo servia "como centro terrorista" e continha posições de tiro antitanque, armadilhas, poços, numerosos explosivos e locais de lançamento para atacar o território israelita.