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Hong Kong e Macau proíbem importação de frango de Lisboa após casos de gripe aviária

07 jan, 2025 - 15:37

Hong Kong importou cerca de 110 toneladas de carne de frango congelada de Portugal nos primeiros nove meses de 2024.

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A região semiautónoma chinesa de Hong Kong proibiu, esta terça-feira, a importação de carne de frango e derivados, incluindo ovos, do distrito de Lisboa, na sequência da deteção de casos de gripe aviária.

O Centro para a Segurança Alimentar (CFS, na sigla em inglês) de Hong Kong sublinhou num comunicado que a decisão foi tomada "para proteger a saúde pública", na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal.

O território importou cerca de 110 toneladas de carne de frango congelada de Portugal nos primeiros nove meses de 2024, de acordo com dados oficiais citados no comunicado.

O CFS disse já ter contactado as autoridades portuguesas e que vai acompanhar "de perto" a situação e as informações emitidas pela Organização Mundial de Saúde Animal.

"Serão tomadas as medidas adequadas em resposta ao desenvolvimento da situação", referiu o comunicado.

Também a região semiautónoma chinesa de Macau proibiu a importação de carne de frango e derivados, incluindo ovos, do distrito de Lisboa, na sequência da deteção de casos de gripe aviária.

"Os pedidos de importação de carne de frango e produtos derivados provenientes de zonas com surtos de gripe aviária não serão aprovados", disse o Instituto de Assuntos Municipais (IAM) de Macau.

Num comunicado, o IAM disse estar preocupado com os surtos de gripe aviária registados não só em Portugal como na Hungria e na Coreia do Sul.

O instituto prometeu "continuar a controlar rigorosamente os alimentos frescos importados e vendidos em Macau através de um mecanismo eficaz de inspeção de importação e de quarentena".

A gripe das aves foi detetada numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, Lisboa, tendo sido aplicadas medidas de controlo e erradicação, anunciou na segunda-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

"A 3 de janeiro, foi confirmado um foco de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa", lê-se numa nota da DGAV.

As medidas de controlo e erradicação já foram implementadas e incluem a inspeção do local onde a doença foi detetada, o abate dos animais infetados e a limpeza das instalações.

Foram ainda impostas restrições à movimentação e as explorações com aves nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco) estão a ser vigiadas.

A DGAV pediu ainda a todos os operadores que comuniquem qualquer suspeita de doença, sublinhando que a deteção precoce dos focos "é essencial para a implementação célere de medidas de controlo".

Já esta terça-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informou que não há registo de pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção humana pelo vírus H5N1, detetado numa exploração de galinhas no concelho de Sintra.

"Até ao momento, não há registo de pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção humana pelo vírus H5N1, nem foram notificados quaisquer casos na plataforma de suporte ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE)", disse a DGS em comunicado.

Na nota, a DGS sublinhou que a transmissão do vírus H5N1 para humanos "é um evento raro", com casos esporádicos registados a nível global.

No entanto, caso ocorra, "a infeção pode manifestar-se com um quadro clínico grave", acrescentou a DGS.

A direção adiantou que o risco para a população geral é muito baixo e que a transmissão ocorre principalmente em contextos de exposição profissional a animais infetados ou ambientes contaminados.

"O vírus não se transmite através do consumo de carne", esclareceu.

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