07 jan, 2025 - 12:04 • Redação com Reuters
Jean-Marie Le Pen, figura histórica da extrema-direita em França e pai de Marine Le Pen morreu, esta terça-feira, aos 96 anos.
"Jean-Marie Le Pen, rodeado pela sua família, foi chamado de volta a Deus às 12h00 [11h00 em Lisboa] de terça-feira", declarou a família num comunicado enviado à AFP.
Le Pen foi fundador do partido de extrema-direita Frente Nacional, que explorou as preocupações da classe trabalhadora sobre imigração e globalização, o que abalou a política francesa.
Com uma mistura de populismo, eloquência e carisma, Le Pen ajudou a reescrever os parâmetros da política francesa numa carreira de 40 anos.
Jean-Marie Le Pen disputou cinco eleições presidenciais e surpreendeu ao disputar uma segunda volta presidencial em 2002, perdendo depois de forma esmagadora para Jacques Chirac.
O pai da atual líder do partido Rssemblement National lidou com acusações de racismo que perseguiram a Frente Nacional desde o momento em que cofundou o partido em 1972.
Foi julgado, condenado e multado em 1996 por contestar crimes de guerra após declarar que as câmaras de gás nazis eram "apenas um detalhe" da história da Segunda Guerra Mundial.
O comentário provocou indignação em França, onde a polícia prendeu milhares de judeus que foram deportados para o campo de extermínio nazi de Auschwitz em 1942.
"Eu mantenho isso porque acredito que é a verdade", disse em 2015, quando perguntado se se arrependia do comentário.
[em atualização]