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Venezuela

Opositor Edmundo González Urrutia denuncia rapto do genro em Caracas

07 jan, 2025 - 21:26 • Lusa

Rafael Tudares foi levado por homens encapuzados quando ia levar os filhos à escola.

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O opositor venezuelano, Edmundo González Urrutia, que a oposição diz ter ganho as eleições presidenciais de julho, denunciou esta terça-feira que o seu genro, Rafael Tudares, foi raptado por homens encapuzados em Caracas.

"Hoje de manhã, o meu genro Rafael Tudares foi sequestrado. Rafael ia a caminho da escola dos meus netos de 7 e 6 anos, em Caracas, para os deixar para o início das aulas, e foi intercetado por homens encapuzados e vestidos de preto, que o meteram numa carrinha dourada, de matrícula AA54E2C, e o levaram", denunciou o político e dirigente da oposição venezuelana numa mensagem publicada rede social X.

Ainda na mesma mensagem, Edmundo González Urrutia frisou que o genro "encontra-se desaparecido".

De momento não há informação oficial sobre a situação relatada pelo dirigente opositor, desconhecendo-se se Rafael Tudares terá sido detido pelas forças de segurança.

González Urrutia, 75 anos, que a oposição diz ter ganho as eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho, está a realizar um périplo por vários países do continente americano e tem insistido, em várias oportunidades, que regressará a Caracas no dia 10 de janeiro para tomar posse como presidente da Venezuela.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro no escrutínio presidencial, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição afirma que o seu candidato, González Urrutia, que se exilou em Espanha, obteve quase 70% dos votos.

Além da oposição venezuelana, vários países denunciaram a existência de fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

O CNE da Venezuela ainda não divulgou as atas do sufrágio.

Em 02 de janeiro, as autoridades venezuelanas ofereceram uma recompensa de 100.000 dólares (cerca de 97,4 mil euros) por informações sobre o paradeiro de Urrutia.

A tomada de posse do Presidente da Venezuela para um mandato de seis anos está agendada para 10 de janeiro.

Na semana passada, Maduro avisou que o poder presidencial no país "jamais cairá nas mãos de um fantoche da oligarquia e do imperialismo".

"Esta casa é a casa do povo. Agora e sempre", afirmou, num vídeo divulgado no Instagram.

Na passada sexta-feira, o Governo venezuelano enviou 1.200 militares para todo o país para "garantir a paz" antes e durante a tomada de posse.

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