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Trump reforça cobiça pelo Canal do Panamá e Gronelândia e admite usar força

07 jan, 2025 - 23:09 • Ricardo Vieira, com Reuters

Numa conferência de imprensa no seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, a duas semanas de tomar posse, o Presidente eleito voltou a ameaçar expandir territorialmente os EUA e disse que pretende mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América.

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O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou esta terça-feira a ideia de que pretende passar a controlar o Canal do Panamá e a Gronelândia, e até o Canadá.

Numa conferência de imprensa no seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, a duas semanas de tomar posse, Trump voltou a ameaçar expandir territorialmente os EUA.

Declarou que a aquisição da Gronelândia e a retoma do controlo do Canal do Panamá são do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos e recusou-se a descartar a força militar ou a pressão económica para alcançar qualquer uma dessas opções.

Quanto à Dinamarca, sugeriu que a sua reivindicação sobre a Gronelândia era ilegítima, apesar de fazer parte do Estado dinamarquês há mais de 200 anos.

“As pessoas nem sequer sabem se a Dinamarca tem algum direito legal, mas se tiverem, deveriam desistir dele, porque precisamos dele para a segurança nacional”, declarou.

Estas palavras foram proferidas no dia em que Donald Trump Jr., filho do Presidente eleito, visitou a Gronelândia, estratégico território autónomo do reino da Dinamarca, entre o Atlântico Norte e o Ártico.

Além da Gronelândia, o próximo inquilino da Casa Branca também considera que o Canal do Panamá “é vital” para os EUA e não pode estar em mãos chinesas.

“O Canal do Panamá está a ser operado pela China, a China, e entregamos o Canal do Panamá ao Panamá. Não o demos à China e eles abusaram dele. Eles abusaram desse dom. Nunca deveria ter sido feito”, declarou.

Durante o encontro com os jornalistas, o Presidente eleito também disse que a fronteira com o Canadá foi “desenhada artificialmente” e que o país vizinho estaria melhor se abdicasse da sua soberania e se tornasse no 51.º estado norte-americano.

“Você livra-se dessa linha traçada artificialmente e olha como ela é, e também seria muito melhor para a segurança nacional. Não se esqueça, basicamente protegemos o Canadá. Mas este é o problema com o Canadá. Muitos amigos lá em cima, eu amo o povo canadiano. Eles são ótimos, mas estamos a gastar centenas de biliões por ano para protegê-los. Estamos a gastar centenas de biliões por ano para cuidar do Canadá. Perdemos em défice comercial", argumentou.

Donald Trump também apontou baterias ao vizinho do sul. Disse que o México é um “local muito perigoso” e que tenciona mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América.

O Presidente eleito também voltou a defender que os parceiros da NATO devem aumentar aumentar as suas contribuições para 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Acho que a NATO deveria ter 5%, sim. Bem, não podemos fazer isso com 2% para cada país, se vais ter um país e um exército regular, você está em 4% Eles estão em território perigoso. Todos podem pagar, mas deveriam estar em 5% e não em 2%”, sublinhou.

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  • Se querem Paz
    08 jan, 2025 Preparem-se para a Guerra 11:07
    O Mundo é um lugar perigoso. Não basta energumenos como Putin e "Queridos lider", agora temos Musks a imiscuirem-se nos assuntos de nações soberanas e Trumps a falar livremente em anexações, quase à maneira da Rússia. Se eu fosse a certos governos Europeus, o português incluído, começaria a investir em grande na industria bélica, no estabelecimento de reservas de guerra, e na expansão de efetivos. Nunca se sabe quando não se tem de defender soberania a tiro. E lá diz o Ditado: "Se queres a Paz, prepara-te para a Guerra". Até certo ponto, quanto mais preparado estiver um País, menos probabilidades há, de ser atacado.

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